sexta-feira, 18 de julho de 2008

CONTOS 15M


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Na noite escura
Caio Riter
Noite de vento e de frio. Hálito gelado da cerração que cai sobre casas e árvores. Maria enrola-se no xale negro e sai. Parada na porta, ainda segura o ferrolho. A noite escura sobre os pinheiros amedronta. No entanto, precisa ir, sabe que tem que ir.
Passa a chave na porta, espera que o filho durma tranqüilo até a sua volta. Que deseja ser breve. Respira fundo e desce os poucos degraus de madeira da escada. E, sem olhar para trás, para a segurança da casa, corre em direção à floresta.
Coração em pulos. Passos firmes, mãos a segurar o xale que fora da avó.Corre. Pés, por vezes, trôpegos no desconhecido do terreno mergulhado no escuro.Na curva do caminho, desvia os olhos para o lado. Teme as cruzes e os anjos imponentes do cemitério abandonado. Caminho obrigatório para chegar ao seu destino. Quer correr, todavia, algo a faz parar. Uma luminosidade estranha vinda dos lados do cemitério, e um uivo. Quase choro, de fera em sofrimento.
Coração descompassado. Volta os olhos para o Campo Santo e vê aquilo que jamais pensou ver em sua breve vida.

O desespero toma conta de Maria. E a luz tornava-se cada vez mais forte. Junto com ela, o som do choro tem, a cada momento, mais intensidade.
Ela sabe que tem que continuar a caminhada, é muito importante. E o atraso não lhe faria bem.
Mas tem algo que a prende naquele lugar, ela sente o corpo gelar. Parece entrar num transe. De repente, do nada, talvez até movida pelo medo e pelo terror, ela corre sem parar. Tem que seguir. Seu filho a espera em casa. Embora ele nem tenha percebido o sumiço da mãe. Ela, que corre sem parar comete seu pior erro, e olha para trás.
Cai no chão. Quando acorda minutos depois, percebe em sua mão muito sangue. Levanta desesperada.
Mesmo sabendo que tem que ir ao encontro. Vai para casa. Chega lá e olha para a cama do filho. Ele está bem, está dormindo tranqüilamente. Percebe que há sangue no lençol. Descobre o menino rapidamente e vê seus pés com corte na parte debaixo. Acorda-o e pede o que havia acontecido. Ele fala que não sabe. Que nem saiu de casa. E volta a dormir.
Ela não dorme. Olha o relógio, já são 03:15min. O encontro era às 02:30min. Olha para o menino, tem que ter certeza que ele dorme. Depois de verificar, ela sai novamente.
Passa pelo mesmo local. E nada acontece. Faz uma oração, e segue em frente.
Quando chega no local do encontro, a pessoa com quem marcara não estava mais lá. Ela se desespera. Encontra uma faca com sangue. Sai correndo desesperadamente, mas o que ela menos queria naquela hora acontece. A luz aparece novamente. Dessa vez, Maria tenta se controlar mais. Mas não consegue. A luz fica a meio metro dela e então ela vê o rosto de um homem. Que a olha fixamente nos olhos, e se vira e volta ao túmulo. Mas antes de desaparecer, ele aponta para o caminho que Maria deve seguir, e ri.
Maria corre, sente calor e frio ao mesmo tempo. Chora desesperadamente. Nada acontece no caminho.
Mas ao chegar em casa, ela vai ao quarto do menino. E o encontra morto. Ela sabia que não devia ter se atrasado. Sabia que estava em dívida.
O menino pagou com a sua vida o que a sua mãe devia. Ela sabia também que não devia ter mexido com as forças ocultas. Nunca devia ter ido à casa daquela velha bruxa. Não devia ter dado a alma de seu marido. Nem devia ter pedido a morte dele.
De repente, ela vê a luz e acaba entrando num transe novamente. Ela revive sua história.
Fazia frio na noite do parto. O menino queria nascer, ela sentia muita dor. Pede ajuda ao marido, mas ele nem quer saber. Amaldiçoa a criança. Diz que ela tem que morrer. Sem ajuda de ninguém, o menino nasce. Sobrevive por um milagre.
De repente, vê denovo o dia do seu casamento. Lembra que fora estuprada por ele. Obrigada ao casamento ante a gravidez. Apanhara até o oitavo mês de gestação.
Depois de ter passado muitos anos de sua vida assim, sendo espancada por ele. Vai à casa da velha bruxa. Pede que faça algo que leve seu marido embora. Mas a bruxa acaba o matando. Em troca do "favor", ela obriga Maria a, uma noite por mês, na lua cheia, fazer o longo caminho até uma caverna, onde tem de "emprestar" seu corpo para a velha. Que faz com que espíritos a possuam.
Durante quatro anos, fizera tudo certo, mas aquela noite algo dera errado. Era a luz a culpada pelo acontecido com seu filho, ela atrapalhara Maria..
Agora ela, mesmo em sonho, vê nitidamente o rosto que se esconde por trás daquela luz. Era ele, o seu marido que estava morto há quatro anos.
Acorda chorando, desesperada, sai do transe em que estivera. Mas ela não sabe quem matara seu lindo menino.
Teria sido seu marido para vingar sua morte? Teria sido a velha bruxa se vingado do atraso?
Maria sabia que a culpa era sua. Maldita era sua vida! Mas qual a melhor maneira de entender seus fantasmas, se não juntando-se a eles?
A vida de um inocente fora levada naquela noite.
Culpa de sua mãe. Talvez ele a perdoe um dia. Ou, talvez, volte para busca-la também.

Janile Rott
15M


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Na noite escura

Noite de vento e de frio. Hálito gelado da cerração que cai sobre casas e árvores. Maria enrola-se no xale negro e sai. Parada na porta, ainda segura o ferrolho. A noite escura sobre os pinheiros amedronta. No entanto, precisa ir, sabe que tem que ir.
Passa a chave na porta, espera que o filho durma tranqüilo até a sua volta. Que deseja ser breve. Respira fundo e desce os poucos degraus de madeira da escada. E, sem olhar para trás, para a segurança da casa, corre em direção à floresta.
Coração em pulos. Passos firmes, mãos a segurar o xale que fora da avó.Corre. Pés, por vezes, trôpegos no desconhecido do terreno mergulhado no escuro.Na curva do caminho, desvia os olhos para o lado. Teme as cruzes e os anjos imponentes do cemitério abandonado. Caminho obrigatório para chegar ao seu destino. Quer correr, todavia, algo a faz parar. Uma luminosidade estranha vinda dos lados do cemitério, e um uivo. Quase choro, de fera em sofrimento.
Coração descompassado. Volta os olhos para o Campo Santo e vê aquilo que jamais pensou ver em sua breve vida

A luz era o vigia do cemitério, tentando ajudar um enorme cão, que minutos atrás estava brigando com outro. A cena era horrível: o cão estava muito ferido e sangrava muito. A briga parecia ter sido feia.
Quis ajudar também. Chamei um veterinário, pois tinha medo de mexer no cão, vai que ele estava com algum osso quebrado?
O veterinário veio imediatamente. Chegando ao local, ele disse que o caso era grave, pois o cão estava muito ferido e que ele teria que ser levado às pressas a uma clínica veterinária. O vigia disse que iria junto com o cão, mas eu tinha me apegado muito a ele, então quis ir também.
O cão passou por uma série de exames, mas não tinha quebrado nenhum osso, nem feito nada de mais grave. Fiquei muito feliz. O veterinário fez vários curativos no cão e disse que ele ficaria bem, mas que precisaria de repouso e de comida, pois como ele era de rua, estava desnutrido.
O vigia disse que adoraria levá-lo para casa, mas como o cão poderia repousar junto com mais treze gatos? Então tive uma idéia: já que eu havia saído de casa para comprar o presente de dia das crianças para meu filho, (que é amanhã e eu tinha esquecido), não vou a lugar algum. Vou levar o cão para ele. Ele vai adorar.
Levei o cão para casa. Dei comida e até fiz uma caminha para ele. Naquilo meu filho levantou, e quando viu o cão, ficou muito feliz, até mais que o cão.
Nós três nos abraçamos e brincamos juntos. Feliz também fiquei muito, pois neste dia das crianças, eu também havia virado uma, em meio a tantos abraços e brincadeiras. E eu digo a vocês, é muito bom, experimentem um dia, não dói e é de graça!

Nome: Lisiane Portaluppi
15m








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Na noite escura

Noite de vento e de frio. Hálito gelado da cerração que cai sobre casas e árvores. Maria enrola-se no xale negro e sai. Parada na porta, ainda segura o ferrolho. A noite escura sobre os pinheiros amedronta. No entanto, precisa ir, sabe que tem que ir.
Passa a chave na porta, espera que o filho durma tranqüilo até a sua volta. Que deseja ser breve. Respira fundo e desce os poucos degraus de madeira da escada. E, sem olhar para trás, para a segurança da casa, corre em direção à floresta.
Coração em pulos. Passos firmes, mãos a segurar o xale que fora da avó.Corre. Pés, por vezes, trôpegos no desconhecido do terreno mergulhado no escuro.Na curva do caminho, desvia os olhos para o lado. Teme as cruzes e os anjos imponentes do cemitério abandonado. Caminho obrigatório para chegar ao seu destino. Quer correr, todavia, algo a faz parar. Uma luminosidade estranha vinda dos lados do cemitério, e um uivo. Quase choro, de fera em sofrimento.
Coração descompassado. Volta os olhos para o Campo Santo e vê aquilo que jamais pensou ver em sua breve vida

E olhando para o lado viu um homem, tão horrível, que ela nunca havia visto ali, nos arredores do cemitério. No momento ficou em pane, não se moveu, apenas respirava lentamente e olhando para aquele homem que vinha em sua direção, com uma luz o envolvendo, ela tenta fugir, mas o homem a chama, ele queria apenas conversar, e saber por que ela ficou tão apavorada quando o viu.
Mesmo com muito medo, ela conversou, mas não muito, pois ela estava apressada, e com o susto que levou, ficou com mais pressa ainda. Ela gostou da conversa porque aquele homem meio que se abriu para ela, falou tudo, e por aí terminou a conversa. Ela foi, chegou ao seu destino, a farmácia da esquina. Lá ela ia todos os dias, pois seu filho tinha uma doença, e se ele ficasse sem o medicamento, ele num teria muito tempo de vida. Ela comprou os medicamentos, e como ficou muito curiosa com o que tinha visto perto do cemitério, resolveu comentar com as farmacêuticas, e ao mesmo tempo tirar a dúvida, quem era aquele sujeito que estava lá nos redores do cemitério.
Maria falou sobre o tal homem, que era muito horroroso e que tinha uma luz que o envolvia. As farmacêuticas, ao mesmo tempo assustadas, falaram que nunca tinham visto um homem com essas características. Maria deixou por assim, e seguiu viagem para casa. Passou pelo mesmo lugar aonde ela tinha visto o homem e nada, não viu nem a sombra do mesmo.
Maria ficou uma semana sem ir à farmácia para pegar os remédios para o seu filho, e depois de uma semana os remédios acabaram, e ela teve que ir até a farmácia novamente. Passou pelo mesmo lugar que na outra semana ela havia passado, e nada do homem. Foi à farmácia e pegou os medicamentos. E na volta, Maria resolveu passar pelo cemitério. Ao passar no cemitério, teve um túmulo perto de onde ela havia encontrado com o homem que chamou muito atenção dela, pois no túmulo mais bonito de todos estava lá, a foto do homem que na semana que havia passado ela encontrou. Ele havia morrido há mais de três anos.
Maria não acreditava que tinha falado com um fantasma, e meio assustada saiu correndo pelo cemitério a fora, correu até sua casa e por lá ficou durante uma semana sem sair, de tanto medo que ela tinha do fantasma, e ao mesmo tempo medo de que ele voltasse para querer conversar com ela.
Mesmo com muito medo ela teve de ir, pois era obrigação dela ir até a farmácia pegar os remédios para seu filho, passou pelo cemitério com a cabeça baixa, mas na volta não agüentou e teve que parar, e ficou olhando para aquele túmulo tão lindo, que chamava muita atenção.
E todas as semanas quando ela ia até a farmácia para pegar os remédios para seu filho, na volta ela ficava quase uma hora ali, ao lado do túmulo, esperando o tal do homem para poder conversar. Mesmo sabendo que ele estava morto.



Elder Lagunas
15M


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Na noite escura

Noite de vento e de frio. Hálito gelado da cerração que cai sobre casas e árvores. Maria enrola-se no xale negro e sai. Parada na porta, ainda segura o ferrolho. A noite escura sobre os pinheiros amedronta. No entanto, precisa ir, sabe que tem que ir.
Passa a chave na porta, espera que o filho durma tranqüilo até a sua volta. Que deseja ser breve. Respira fundo e desce os poucos degraus de madeira da escada. E, sem olhar para trás, para a segurança da casa, corre em direção à floresta.
Coração em pulos. Passos firmes, mãos a segurar o xale que fora da avó.Corre. Pés, por vezes, trôpegos no desconhecido do terreno mergulhado no escuro.Na curva do caminho, desvia os olhos para o lado. Teme as cruzes e os anjos imponentes do cemitério abandonado. Caminho obrigatório para chegar ao seu destino. Quer correr, todavia, algo a faz parar. Uma luminosidade estranha vinda dos lados do cemitério, e um uivo. Quase choro, de fera em sofrimento.
Coração descompassado. Volta os olhos para o Campo Santo e vê aquilo que jamais pensou ver em sua breve vida.... Novamente, a face do seu eterno amor em um corpo esfarrapado e sofrido. Estava postado no final do cemitério, como se a esperando. Maria não consegue mexer-se de tamanho choque. Ele começou a se aproximar, em passos trêmulos. Recuperada do choque, Maria sorri exaltada e se aproxima lentamente, o vento está se intensificando, as nuvens encobriram a prateada lua cheia. Uma escuridão total se instalou pelo cemitério, um silêncio mortal. Quando o brilho da lua imperou novamente, ele havia sumido.
Atrás de si, um rosnado se fez ouvir as suas costas, um arrepio gelado percorreu seu corpo. Um cheiro de podridão se instalava no ar. Virando-se lentamente, viu-o, sentiu-o, estava a centímetros dela, seu hálito a feriu. Oh meu Deus! Querido, o que fizeram com você, pensou ela, olhando penalizada para a monstruosidade que seu marido se transformara. Que um dia havia sido de extrema beleza. Nunca o havia visto transformado, sabia que ele havia sido atacado por uma besta selvagem e a infecção se instalara rapidamente em seu corpo, que o deixou com uma aparência sobre-humana.
Ele chegou mais perto, levantou a cabeça e soltou um uivo terrível, a transformação era muito dolorosa. Não se preocupe querido, falou, estou cuidando de nosso filho enquanto você não volta. Virei todos os dias aqui visitá-lo, meu amor - falou virando-lhe as costas e voltando pelo mesmo caminho que havia tomado para chegar ali.
Os galhos enroscavam em seus cabelos e nas suas roupas, estava quase chegando em sua cabana, quando ouviu um grito aterrorizante. Um grito que não era possível distinguir se era humano ou sobrenatural. Voltou correndo, mas o caminho era difícil e escorregadio.
Chegando lá viu vários fazendeiros a rondar a criatura, seu amado marido. Todos apontando lanças e espadas para ele. Tentou gritar, mas eles não a ouviam estavam mais preocupados em matar a fera que estava pelas redondezas. Tentou explicar, mas ninguém lhe deu atenção.
Viu com seus próprios olhos eles matarem a fera, matarem seu marido. Ele não tinha culpa por ter saído para caçar um dia. Sendo marcado por uma besta feroz. Condenado a uma maldição eterna. Naquela época, estava grávida. Seu filho nunca conheceu o pai, como iria conhecer? Voltou pela estrada ainda ouvindo os gritos de alegria dos fazendeiros por terem destruído a besta. A noite já não parecia mais tão assustadora para ela, afinal o que tinha a temer se a única besta já havia sido destruída.
A lua foi novamente encoberta pelas nuvens. A escuridão se instalou novamente. Mas, quando a lua voltou não acreditou no seus próprios olhos. Uma coisa, alguém ou algum animal estava a sua frente. Tentou gritar, mas sua voz não saiu, tentou correr, mas suas pernas não obedeceram.
A criatura se aproximou, viu que não era seu marido, mas sim outra. Muito mais feroz. O que sobrou no ar foi seu grito de dor. A maldição continuará seu ciclo.

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Cristina Pigozzo
15m


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Na noite escura

Noite de vento e de frio. Hálito gelado da cerração que cai sobre casas e árvores. Maria enrola-se no xale negro e sai. Parada na porta, ainda segura o ferrolho. A noite escura sobre os pinheiros amedronta. No entanto, precisa ir, sabe que tem que ir.
Passa a chave na porta, espera que o filho durma tranqüilo até a sua volta. Que deseja ser breve. Respira fundo e desce os poucos degraus de madeira da escada. E, sem olhar para trás, para a segurança da casa, corre em direção à floresta.
Coração em pulos. Passos firmes, mãos a segurar o xale que fora da avó.Corre. Pés, por vezes, trôpegos no desconhecido do terreno mergulhado no escuro.Na curva do caminho, desvia os olhos para o lado. Teme as cruzes e os anjos imponentes do cemitério abandonado. Caminho obrigatório para chegar ao seu destino. Quer correr, todavia, algo a faz parar. Uma luminosidade estranha vinda dos lados do cemitério, e um uivo. Quase choro, de fera em sofrimento.
Coração descompassado. Volta os olhos para o Campo Santo e vê aquilo que jamais pensou ver em sua breve vida

Ela ficou imóvel sem saber o que fazer. O animal não parava de uivar. Parece que ele estava a pedir ajuda. Ela se aproxima. A cada passo que ela dá o animal pára de uivar. Quando ela chega perto dele, faltando aproximadamente 50 cm de distância para ela ficar cara a cara com fera, a fera fixa os olhos nela e geme parecendo pedir socorro. Ela não sabia o que fazer. Ficava ali ou seguia em frente. Mas ela tinha que ir. Tinha que ir em frente. Tinha que ser breve.
A fera começara a uivar sem parar. Ela apressava o passo. Mas o seu pensamento ficara com o animal que chorava desesperadamente.
Tinha que chegar à cabana onde escondera seu outro filho. O filho que o qual ninguém jamais ousou ver, pois possuía uma deformidade horrível.
Todas as noites ela ia até ele para levar comida. Ela sempre ia à noite para evitar que seu filho ou os empregados a seguissem. O tempo ia passando tinha que ir antes que seu filho acordasse e notasse a falta dela na casa.
Estava quase chegando ao local onde se encontra a fera. A cada passo. O seu coração bate mais forte. Chega ao local. A fera ainda estava lá. Imóvel. Quando ela vê que Maria se aproxima. Arregala os olhos. E começa a gemer novamente. Maria se aproxima. Ficam frente a frente à ferra e ela. Maria fixa os olhos nela. E percebe o sofrimento. A tal fera era uma loba. Mas não era uma loba qualquer não. Era enorme. A mais bela e rara de todas. Parecia mais um daqueles lobisomens. O animal estava na beira da morte. Estava a dar a luz. Tudo normal até ali, mas ela havia levados dois tiros na barriga. E ela não ia suportar tal dor. Morrera na hora. Sua cria e ela. Mas não sabia o porquê de ter chamado tanta atenção de Maria. Parecia que ela queria avisar alguma coisa. Mas o fato é, por que!
Ela ia em direção a sua casa sem olhar para trás. Quando chega é surpreendida. O que teria dado errado. Ela se aproxima lentamente. Será que ela demorou demais? O que poderá ter acontecido? Seu coração batia mais rápido. Seu pensamento estava em seu filho. O que será que acontecera quando estava ausente!
A única forma de saber era ir até sua casa. Chegado lá a primeira coisa era ir até o quarto de seu filho. Seu filho estava intacto na cama, mas o que será que entrara em sua casa. E o que procurava. Tinhas suas suspeitas. Mas não tinha certeza. Tudo estava intacto. Nada havia sumido ou se quebrado. Era muito tarde para ir atrás. Mas com certeza era seu filho que havia ido até sua casa para ver seu irmão. Mas a pergunta é como ele descobriu a casa. Como ele poderia ter ido lá. Sem ela ter visto? E o porquê de tal visita!
Talvez fosse isso que o tal animal estava querendo avisá-la. No dia seguinte, ela faz o mesmo trajeto, mas ao dia. Quando chega ao local onde a fera estava, ela se depara com algo inexplicável. A fera estava lá morta, mas o fato é que parecia que ela estava lá há mais de cinco dias. Mas como poderá acontecer tal fato. Ela corre depressa, vai em direção à cabana. Quando chega se depara com seu filho morto. Ele havia cometido um suicídio. Teria deixado uma carta de despedida. Que dizia que ele estava fazendo essa loucura para terminar com o sofrimento dela. Porque ela já tinha um filho saudável e não precisava de mais um com deformidades para atrapalhar sua vida quase perfeita. Maria sai da cabana aos prantos. Corre em direção a sua casa. Abraça seu filho e diz pra si mesma: “Poderia ter um filho com deformidades, poderia esconder ele da sociedade, mas eu o amava com todas as minhas forças, amava como uma pessoa normal”. Não conseguirá viver tranqüila com essa culpa.

Bruna Jéssica do Prado
15m




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Na noite escura

Noite de vento e de frio. Hálito gelado da cerração que cai sobre casas e árvores. Maria enrola-se no xale negro e sai. Parada na porta, ainda segura o ferrolho. A noite escura sobre os pinheiros amedronta. No entanto, precisa ir, sabe que tem que ir.
Passa a chave na porta, espera que o filho durma tranqüilo até a sua volta. Que deseja ser breve. Respira fundo e desce os poucos degraus de madeira da escada. E, sem olhar para trás, para a segurança da casa, corre em direção à floresta.
Coração em pulos. Passos firmes, mãos a segurar o xale que fora da avó.Corre. Pés, por vezes, trôpegos no desconhecido do terreno mergulhado no escuro.Na curva do caminho, desvia os olhos para o lado. Teme as cruzes e os anjos imponentes do cemitério abandonado. Caminho obrigatório para chegar ao seu destino. Quer correr, todavia, algo a faz parar. Uma luminosidade estranha vinda dos lados do cemitério, e um uivo. Quase choro, de fera em sofrimento.
Coração descompassado. Volta os olhos para o Campo Santo e vê aquilo que jamais pensou ver em sua breve vida.


Olha, olha novamente mal consegue acreditar. Sabe que deve apressar-se para chegar ao seu destino. A lembrança de infância não a deixa prosseguir. Seria mais uma das histórias que ouvira tantas. Aquelas contadas nas noites de luar. O compromisso a chama, deveria continuar. Ela permanece olhando, mais uma vez, para a luz forte que vinha do Campo Santo ou ignorá-la e seguir viagem. Toma coragem olha, caminha lentamente ao encontro da luz, coração bate no ritmo, do rosto trêmulo sai um sorriso de alívio. É Apenas uma vela iluminando a capela do campo santo e aí também se abrigava da noite, um gato-do-mato ferido dando o seu uivo de dor.


Andrei Domeneghini
15M




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Na noite escura
Caio Riter
Noite de vento e de frio. Hálito gelado da cerração que cai sobre casas e árvores. Maria enrola-se no xale negro e sai. Parada na porta, ainda segura o ferrolho. A noite escura sobre os pinheiros amedronta. No entanto, precisa ir, sabe que tem que ir.
Passa a chave na porta, espera que o filho durma tranqüilo até a sua volta. Que deseja ser breve. Respira fundo e desce os poucos degraus de madeira da escada. E, sem olhar para trás, para a segurança da casa, corre em direção à floresta.
Coração em pulos. Passos firmes, mãos a segurar o xale que fora da avó.Corre. Pés, por vezes, trôpegos no desconhecido do terreno mergulhado no escuro.Na curva do caminho, desvia os olhos para o lado. Teme as cruzes e os anjos imponentes do cemitério abandonado. Caminho obrigatório para chegar ao seu destino. Quer correr, todavia, algo a faz parar. Uma luminosidade estranha vinda dos lados do cemitério, e um uivo. Quase choro, de fera em sofrimento.
Coração descompassado. Volta os olhos para o Campo Santo e vê aquilo que jamais pensou ver em sua breve vida

A luz era o vigia do cemitério, tentando ajudar um enorme cão, que minutos atrás estava brigando com outro. A cena era horrível: o cão estava muito ferido e sangrava muito. A briga parecia ter sido feia.
Quis ajudar também. Chamei um veterinário, pois tinha medo de mexer no cão, vai que ele estava com algum osso quebrado?
O veterinário veio imediatamente. Chegando ao local, ele disse que o caso era grave, pois o cão estava muito ferido e que ele teria que ser levado às pressas a uma clínica veterinária. O vigia disse que iria junto com o cão, mas eu tinha me apegado muito a ele, então quis ir também.
O cão passou por uma série de exames, mas não tinha quebrado nenhum osso, nem feito nada de mais grave. Fiquei muito feliz. O veterinário fez vários curativos no cão e disse que ele ficaria bem, mas que precisaria de repouso e de comida, pois como ele era de rua, estava desnutrido.
O vigia disse que adoraria levá-lo para casa, mas como o cão poderia repousar junto com mais treze gatos? Então tive uma idéia: já que eu havia saído de casa para comprar o presente de dia das crianças para meu filho, (que é amanhã e eu tinha esquecido), não vou a lugar algum. Vou levar o cão para ele. Ele vai adorar.
Levei o cão para casa. Dei comida e até fiz uma caminha para ele. Naquilo meu filho levantou, e quando viu o cão, ficou muito feliz, até mais que o cão.
Nós três nos abraçamos e brincamos juntos. Feliz também fiquei muito, pois neste dia das crianças, eu também havia virado uma, em meio a tantos abraços e brincadeiras. E eu digo a vocês, é muito bom, experimentem um dia, não dói e é de graça!

Nome: Lisiane Portaluppi

Turma: 15 M

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Na noite escura
Caio Riter
Noite de vento e de frio. Hálito gelado da cerração que cai sobre casas e árvores. Maria enrola-se no xale negro e sai. Parada na porta, ainda segura o ferrolho. A noite escura sobre os pinheiros amedronta. No entanto, precisa ir, sabe que tem que ir.
Passa a chave na porta, espera que o filho durma tranqüilo até a sua volta. Que deseja ser breve. Respira fundo e desce os poucos degraus de madeira da escada. E, sem olhar para trás, para a segurança da casa, corre em direção à floresta.
Coração em pulos. Passos firmes, mãos a segurar o xale que fora da avó.Corre. Pés, por vezes, trôpegos no desconhecido do terreno mergulhado no escuro.Na curva do caminho, desvia os olhos para o lado. Teme as cruzes e os anjos imponentes do cemitério abandonado. Caminho obrigatório para chegar ao seu destino. Quer correr, todavia, algo a faz parar. Uma luminosidade estranha vinda dos lados do cemitério, e um uivo. Quase choro, de fera em sofrimento.
Coração descompassado. Volta os olhos para o Campo Santo e vê aquilo que jamais pensou ver em sua breve vida

Era uma casa, ela não imaginava que alguém moraria dentro do cemitério. Mas Maria, mulher de coragem, já havia passado por tudo na sua dura vida. Resolveu se aproximar. Pela janela observa uma velha senhora, com uma corcunda enorme, que alimentava o seu cachorro. Muito curiosa ela bate na porta. Quando a velha abre a porta, ela se depara com uma jovem moça, e como nunca havia recebido ninguém ali, estava muito feliz. Maria pede se podia entrar, e a velha deixa.
A velha pede o que uma moça desacompanhada estava fazendo por aqueles lados. E ela diz que estava indo para um lugar importante para ela. Maria, muito curiosa como pede porque, morava ali, sozinha. E a velha disse que não podia mais morar na cidade, e ninguém a ia visitar, ou se lembrava dela.
As duas conversam por longos minutos, mas Maria se lembra que tinha que seguir o seu caminho.
Maria estava muito feliz por ter conseguido chegar à maternidade do hospital onde cuidava dos recém - nascidos, ela amava o seu trabalho, pois gostava muito de crianças e, além disso, era o seu ganha pão.
Quando o seu turno de trabalho acabou, ela pegou o seu rumo e foi para casa. Já que ela passava na frente do cemitério, ela resolveu parar para falar com a velha. Chegando lá, ela não avistou nenhuma casa, mas sim um túmulo, que estava no lugar do casebre. Mas nele havia uma foto meio que borrada, mas dava para perceber que era da velha com quem conversara na noite anterior, e que já havia falecido há mais de dez anos.
Mas ela não acredita que havia falado com um fantasma. Então ela encontrou um cão igual ao da velha, e começa a acreditar. Resolve levá-lo para o seu filho. Chegando à sua casa, Maria ganhou um grande abraço de seu filho por ele ter ganhado o animal.
E durante todo o tempo que continuou trabalhando no hospital, parava todas as noites para falar com a velha no cemitério. E se tornaram grandes amigas, mesmo uma estando morta e a outra viva.


Cássio
15 M

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