domingo, 13 de julho de 2008

CONTOS 110T

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Na noite escura

Noite de vento e de frio. Hálito gelado da cerração que cai sobre casas e árvores. Maria enrola-se no xale negro e sai. Parada na porta, ainda segura o ferrolho. A noite escura sobre os pinheiros amedronta. No entanto, precisa ir, sabe que tem que ir.
Passa a chave na porta, espera que o filho durma tranqüilo até a sua volta. Que deseja ser breve. Respira fundo e desce os poucos degraus de madeira da escada. E, sem olhar para trás, para a segurança da casa, corre em direção à floresta.
Coração em pulos. Passos firmes, mãos a segurar o xale que fora da avó.Corre. Pés, por vezes, trôpegos no desconhecido do terreno mergulhado no escuro.Na curva do caminho, desvia os olhos para o lado. Teme as cruzes e os anjos imponentes do cemitério abandonado. Caminho obrigatório para chegar ao seu destino. Quer correr, todavia, algo a faz parar. Uma luminosidade estranha vinda dos lados do cemitério, e um uivo. Quase choro, de fera em sofrimento.
Coração descompassado. Volta os olhos para o Campo Santo e vê aquilo que jamais pensou ver em sua breve vida.

Maria viu umas luzes que jamais tinha visto na sua vida. Na floresta, uma nave cheia de luzes caída sobre as árvores. Maria foi lá perto olhar o que era. Quando de repente solta da nave um ET, que se aproxima de Maria.
Maria assustada começa a correr. O ET atrás dela começa a persegui-la sobre os túmulos. Maria tropeça e cai. O ET se aproxima e Maria fica sem saída. Então o ET pega Maria, coloca ela na nave e a leva para o espaço e chega a um planeta desconhecido. Lá Maria teve seu corpo estudado pelos ETs, de onde nunca mais saiu.
Willian Sessi
110T



Na noite escura

Noite de vento e de frio. Hálito gelado da cerração que cai sobre casas e árvores. Maria enrolou-se no xale negro e sai. Parada na porta, ainda segura o ferrolho. A noite escura sobre os pinheiros amedrontada. No entanto, precisa ir, sabe que tem que ir.
Passa a chave na porta, espera que o filho durma tranqüilo até a sua volta. Que deseja ser breve. Respira fundo e desce os degraus de madeira da escada, corre em direção à floresta.
Coração em pulos. Passos firme, mão segurar o xale que fora da avó.
Corre. Pés, por vezes trôpegos no desconhecido do terreno mergulhado no escuro.
Na curva do caminho, desvia os olhos para o lado. Teme as cruzes e os anjos imponentes do cemitério abandonado. Caminho obrigatório para chegar ao seu destino. Quer correr, todavia algo faz parar. Uma luminosidade estranha vinda dos lados do cemitério e um uivo. Quase choro, de fera em sofrimento.
Coração descompassado. Volta os olhos para o Campo Santo e vê aquilo que jamais pensou ver em sua breve vida.
Pois sim. Era seu filho mais velho Mateus, que já falecido era. Sentado no cordão da calçada todo machucado.
Maria trêmula e em prantos não conseguira se mexer do lugar. Para mais apavoramentos de Maria, se levantou da calçada o morto, seu filho todo sangrento e pediu-lhe:
- Mãe ajuda-me a caminhar, por misericórdia!
Maria quase tendo ataque do coração, vai de encontro ajudá-lo. Maria chora de emoção ao ajudá-lo a caminhar até o portão do Campo Santo, mas ainda não acreditara no que vira ainda.
Quando Mateus chega ao portão, olha para Maria e agradece. Nisso some na cerração. E nas mãos de Maria ficara, o que mais desejara, o anel de seu filho Mateus, que depois da morte nunca mais fora encontrado.
Maria ainda debilitada se ajoelha e agradece a Deus. Levanta-se, bota o anel de seu filho no dedo e segue o seu caminho pela estrada escura. Quando volta de seu destino, chega a sua casa e vê seu filho mais novo ainda dormindo. Vê sobre a mesa um bilhete que dizia “Não tenhas medo, eu sempre estarei contigo”.
Maria não se contém, e emocionada de felicidade agradece a Deus de novo, e vai dormir sabendo que sempre estará segura pelo seu querido filho mais velho!

Dener
110T



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Na noite escura

Noite de vento e de frio. Hálito gelado da cerração que cai sobre casas e árvores. Maria enrola-se no xale negro e sai. Parada na porta, ainda segura o ferrolho. A noite escura sobre os pinheiros amedronta. No entanto, precisa ir, sabe que tem que ir.
Passa a chave na porta, espera que o filho durma tranqüilo até a sua volta. Que deseja ser breve. Respira fundo e desce os poucos degraus de madeira da escada. E, sem olhar para trás, para a segurança da casa, corre em direção à floresta.
Coração em pulos. Passos firmes, mãos a segurar o xale que fora da avó.Corre. Pés, por vezes, trôpegos no desconhecido do terreno mergulhado no escuro.Na curva do caminho, desvia os olhos para o lado. Teme as cruzes e os anjos imponentes do cemitério abandonado. Caminho obrigatório para chegar ao seu destino. Quer correr, todavia, algo a faz parar. Uma luminosidade estranha vinda dos lados do cemitério, e um uivo. Quase choro, de fera em sofrimento.
Coração descompassado. Volta os olhos para o Campo Santo e vê aquilo que jamais pensou ver em sua breve vida.

“ O que será que era?” indagou-se Maria, será um homem ou um ser de outro planeta, não se sabe só o que se sabe é que aquele animal ou ser estava ali naquele momento sofrendo em gemidos de dor. Maria apavorada corre mais que consegue para chegar a seu destino, mas com aquele coração mole de mãe, ela resolve voltar e verificar o que há de acontecer com aquele animal.
Maria quanto mais se aproxima, mais nervosa fica. Cada passo que ela dava era maior seu nervosismo, suava como se estivesse numa sauna. Ao chegar à frente do lugar onde vira a fera, um grande susto, não havia mais nada no lugar onde Maria viu o ser misterioso. Só restos de alimentos que mostravam que por ali tivera passado um animal faminto.
Mas mesmo assim, ela continua a seguir seu caminho. Segura seu xale com força e corre em direção à estrada, passando pelo cemitério lugar onde ela temia, pois ela nunca gostara daquele lugar. Quanto mais Maria corre, mais nervosa ela fica. A poucos passos de seu destino, ela começa a se acalmar até que do nada, surge um menino. Aparentava a mesma figura do seu filho que ela deixara dormindo em casa. Olha Maria com um olhar frio que ela nunca tinha visto antes. Talvez seja uma criança que estava ali por acaso, ou mandada pelo destino. Maria sabia uma única coisa, é que cada vez que chegava mais perto do seu destino, mais assustador e perigoso ficava o caminho. Sem coragem de continuar, ela volta, passa pelo cemitério e ouve de novo aqueles gritos. Segura o xale que fora de sua avó e corre em direção a sua casa onde abre a porta. Sobe as escadas e vai ver como está Carlos, seu filho que ela deixara dormindo. Ela deita do lado dele e dorme. Ao amanhecer Maria levanta, mas no final dessa historia ninguém sabe onde Maria queria ir, nem aonde foi o paradeiro do menino de olhar frio e a fera. Isso talvez seja um mistério para mim, para você, mas principalmente o maior mistério de todos é para a própria Maria.

Nome: Bruna Paese
Turma:110 T





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Na noite escura

Noite de vento e de frio. Hálito gelado da cerração que cai sobre casas e árvores. Maria enrola-se no xale negro e sai. Parada na porta, ainda segura o ferrolho. A noite escura sobre os pinheiros amedronta. No entanto, precisa ir, sabe que tem que ir.
Passa a chave na porta, espera que o filho durma tranqüilo até a sua volta. Que deseja ser breve. Respira fundo e desce os poucos degraus de madeira da escada. E, sem olhar para trás, para a segurança da casa, corre em direção à floresta.
Coração em pulos. Passos firmes, mãos a segurar o xale que fora da avó.Corre. Pés, por vezes, trôpegos no desconhecido do terreno mergulhado no escuro.Na curva do caminho, desvia os olhos para o lado. Teme as cruzes e os anjos imponentes do cemitério abandonado. Caminho obrigatório para chegar ao seu destino. Quer correr, todavia, algo a faz parar. Uma luminosidade estranha vinda dos lados do cemitério, e um uivo. Quase choro, de fera em sofrimento.
Coração descompassado. Volta os olhos para o Campo Santo e vê aquilo que jamais pensou ver em sua breve vida.

Quando olhou para o lado, viu um lobisomem vindo em sua direção. Era gigantesco. Seus olhos pareciam fogo de tão vermelhos que eles eram. Era peludo, ou seja, uma completa fera.
Maria desesperada não sabia o que fazer, enquanto pensava, a fera continuava a avançar. Foi aí que Maria, com muito medo, correu de volta para sua casa e o lobisomem continuava a segui-la.
Maria entrou em casa, fechou as portas e escondeu-se embaixo da cama.
Na manhã seguinte, ouvia-se o choro do bebê cheio de fios de roupa na boca. Maria havia desaparecido.
Guilherme Sanches
110T


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Na noite escura

Noite de vento e de frio. Hálito gelado da cerração que cai sobre casas e árvores. Maria enrola-se no xale negro e sai. Parada na porta, ainda segura o ferrolho. A noite escura sobre os pinheiros amedronta. No entanto, precisa ir, sabe que tem que ir.
Passa a chave na porta, espera que o filho durma tranqüilo até a sua volta. Que deseja ser breve. Respira fundo e desce os poucos degraus de madeira da escada. E, sem olhar para trás, para a segurança da casa, corre em direção à floresta.
Coração em pulos. Passos firmes, mãos a segurar o xale que fora da avó.Corre. Pés, por vezes, trôpegos no desconhecido do terreno mergulhado no escuro.Na curva do caminho, desvia os olhos para o lado. Teme as cruzes e os anjos imponentes do cemitério abandonado. Caminho obrigatório para chegar ao seu destino. Quer correr, todavia, algo a faz parar. Uma luminosidade estranha vinda dos lados do cemitério, e um uivo. Quase choro, de fera em sofrimento.
Coração descompassado. Volta os olhos para o Campo Santo e vê aquilo que jamais pensou ver em sua breve vida

Maria andou em direção ao clarão para ver se enxerga melhor. Foi quando ela reconheceu seu marido que estava dentro do carro de faróis ligados tentando incessantemente acalmar uma pobre moça que havia se perdido por aquelas bandas. A mulher estava ferida, vítima dos muitos espinheiros que tinham por ali.
Maria e Renato, seu marido, levaram a mulher de nome Isadora, para casa, onde foi muito bem cuidada.
Depois de uma semana de hospedagem, Isadora decide seguir seu caminho. E como forma de agradecimento, a bela moça de cabelos longos e olhos azuis, deu-lhes de presente um belíssimo, um medalhão que ganhara da avó. E também deu o endereço de sua casa, caso quisessem visitá-la. Quando Maria pegou a jóia nas mãos, sentiu um forte arrepio e largou-a ligeiramente no chão.
Isadora despediu-se de todos, até mesmo do pequeno Davi, filho de Maria que havia sido seu companheiro em sua estadia por lá.
Depois da partida da jovem, Maria juntou o presente que havia caído, e guardou-o cuidadosamente em uma caixa.
Na noite seguinte, enquanto Maria terminava seus afazeres, sentiu uma enorme vontade de ver o presente que a moça havia lhe dado. Então, foi até seu quarto, pegou a jóia e colocou-a em seu belo pescoço. Foi aí que Maria sentiu novamente o forte arrepio e teve a sensação que tudo girava a sua volta. Maria num impulso, saiu correndo no meio da noite sem sequer pôr o pequeno Davi para dormir.
Quando o marido chegou do trabalho, de madrugada, viu que o filho dormia no sofá. Acordou o filho:
- Davi onde está sua mãe? – perguntou assustado por dar falta da mulher.
- A mamãe? Ela saiu correndo feito louca! – respondeu o garotinho ainda sonolento.
- Mas como assim? Para onde ela foi?
- Eu não sei papai!
Então, sem pensar duas vezes, foi procurar a esposa. Deixando o filho preocupado.
Chegando então, próximo ao cemitério. Renato assustou-se ao ver a esposa sentada no chão, com a roupa toda rasgada, olhando fixamente para um velho túmulo. Renato também notou que Maria usava a jóia que Isadora havia dado a eles. Mas não ligou muito. Então pegou a esposa pela mão e a levou de volta para casa.
Depois daquela noite, as outras foram exatamente iguais. Maria colocava a jóia no pescoço e saía em direção ao cemitério para ver o túmulo. Até que numa dessas noites, Renato foi novamente buscar a esposa, já cansado daquela história. E quando chegou perto do cemitério, encontrou Maria deitada em cima do túmulo que sempre vigiava. Encontrou-a morta.
Quando viu que a mulher estava com o medalhão, desconfiou que poderia ter sido uma conseqüência ou alguma maldição da jóia misteriosa.
Inconformado com a morte da esposa. Lembrou-se que Isadora havia lhe dado o endereço da sua casa. E foi à procura da mulher para encontrar alguma pista.
Chegando local indicado, viu um senhor de idade, sentado na varanda:
- O senhor conhece uma tal de Isadora que mora nesse endereço?- perguntou Renato ansioso.
O velho atônito olhou bem para os olhos de Renato e respondeu:
- Você não sabia? Isadora, minha filha, está morta isso já faz três anos.
Renato, mais assustado do já estava, mostrou o medalhão:
- E o senhor reconhece isso? Ela me deu de presente.
- Mas como pôde? Essa jóia foi enterrada com ela, era a favorita de minha filha!
Renato, já em casa, totalmente assustado, resolveu ir ao cemitério onde achou Maria para encontrar alguma pista de sua morte. Foi quando viu que o túmulo em que Maria estava deitada era o de Isadora.

Daiane Ferreira
110t






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Na noite escura

Noite de vento e de frio. Hálito gelado da cerração que cai sobre casas e árvores. Maria enrolou-se no xale negro e sai. Parada na porta, ainda segura o ferrolho. A noite escura sobre os pinheiros amedrontada. No entanto, precisa ir, sabe que tem que ir.
Passa a chave na porta, espera que o filho durma tranqüilo até a sua volta. Que deseja ser breve. Respira fundo e desce os degraus de madeira da escada, corre em direção à floresta.
Coração em pulos. Passos firme, mão segurar o xale que fora da avó.
Corre. Pés, por vezes trôpegos no desconhecido do terreno mergulhado no escuro.
Na curva do caminho, desvia os olhos para o lado. Teme as cruzes e os anjos imponentes do cemitério abandonado. Caminho obrigatório para chegar ao seu destino. Quer correr, todavia algo faz parar. Uma luminosidade estranha vinda dos lados do cemitério e um uivo. Quase choro, de fera em sofrimento.
Coração descompassado. Volta os olhos para o Campo Santo e vê aquilo que jamais pensou ver em sua breve vida.
Logo após de ver aquela luz e escutar aquele uivo, entra no cemitério, vai até o túmulo de seu falecido marido. Ao se deparar com o túmulo aberto se desespera e começa a correr.
Sem rumo, volta para casa. Desesperada vai até o seu filho. Maria sobe os degraus de madeira da escada. Põe a mão no ferrolho, e percebe que ele está arrombado. Corre ao encontro de seu filho, percebe que Vítor não está. Neste momento Maria entra em prantos. Sem ter para quem pedir ajuda começa a chorar desesperadamente.
Ao longo da manhã, Maria escuta várias vezes o mesmo uivo que escutou na noite anterior, mas assustada vai até o quarto e se tranca. Era a sua proteção. Pensando em Vítor, vai até a janela do quarto para ver se o enxerga e é apunhalada e cai rapidamente.
Logo após, escuta seu filho gritando, ele estava desesperado.
Vivenciei isto, quando eu estava correndo na mata, escutei gritos vindos de uma cabana por sinal parecia mal assombrada.
Bati na porta, e pedi se alguém precisava de ajuda, uma mulher abriu a porta, mais parecia uma feiticeira, logo me convidou para entrar. Ao entrar em sua casa logo perguntei seu nome, se apresentou, seu nome era Maria, vou me apresentar também, meu nome é Eduardo.
Pedi para Maria me contar o que havia acontecido.
Contou-me que há dois dias tinha feito um feitiço para dar vida novamente a seu marido que havia sido assassinado, depois dele tentar matar seu filho.
E como Maria acha que ele estando morto pode ter melhorado seu temperamento, tentou levar ele de volta à vida, mas não sabia que ia voltar como um fantasma.
Bom depois de me contar o que havia acontecido, saímos à procura de seu filho, fomos em direção do Campo Santo, ao chegar na tal curva enxergamos uma moita se mexendo. Logo fomos verificar, mas nós não precisamos nem ir ver o que havia, pois logo percebemos um choro, era seu filho amedrontado.
Logo o peguei em meu colo e voltamos correndo. Ao nos aproximarmos, vi o inesperado, era o fantasma de seu falecido marido, ele estava bem na minha frente. Ele a pegou e a matou. Eu peguei Vítor e fugi. O fantasma nunca mais o vi. Já se passaram dois anos e eu o adotei. Hoje ele mora comigo em Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul.



Eduardo Henrique Salini
110T



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Na noite escura

Noite de vento e de frio. Hálito gelado da cerração que cai sobre casas e árvores. Maria enrola-se no xale negro e sai. Parada na porta, ainda segura o ferrolho. A noite escura sobre os pinheiros amedronta. No entanto, precisa ir, sabe que tem que ir.
Passa a chave na porta, espera que o filho durma tranqüilo até a sua volta. Que deseja ser breve. Respira fundo e desce os poucos degraus de madeira da escada. E, sem olhar para trás, para a segurança da casa, corre em direção à floresta.
Coração em pulos. Passos firmes, mãos a segurar o xale que fora da avó.Corre. Pés, por vezes, trôpegos no desconhecido do terreno mergulhado no escuro.Na curva do caminho, desvia os olhos para o lado. Teme as cruzes e os anjos imponentes do cemitério abandonado. Caminho obrigatório para chegar ao seu destino. Quer correr, todavia, algo a faz parar. Uma luminosidade estranha vinda dos lados do cemitério, e um uivo. Quase choro, de fera em sofrimento.
Coração descompassado. Volta os olhos para o Campo Santo e vê aquilo que jamais pensou ver em sua breve vida


Viu seu pai que havia morrido há alguns anos, e ninguém sabia o motivo.
Ele estava acompanhado de um lobo que devia ser seu amigo.
E começaram a se aproximar dela. Ela queria fugir, mas não conseguia, estava paralisada de tanto medo.
Chegaram ao local onde Maria se encontrava, e o pai a falou:
- Preciso de você para uma missão.
E ela meio que gaguejando falou:
- Que missão?
-Descobrir quem me matou e trazê-lo até mim, pois não lhe falarei.
Maria concordou, já que queria sair logo dali, pois precisava buscar um remédio para a febre de seu filho, que não queria que acordasse, uma vez que, se visse que ela não estava ali, iria chorar. Ele tinha apenas dois anos e era muito apegado a mãe, e a mesma não queria levá-lo junto, pois era muito perigoso sair à noite sozinha. Imagine então com um filho pequeno.
Chegou ao seu destino. Pegou o remédio e dirigiu-se a sua casa, ainda tremendo devido ao que havia ocorrido.
Não sabia por onde começar a investigação, porque desconhecia com quem seu pai convivia. Ele era um homem de boa índole, mas muito misterioso.
Decidiu que iria voltar lá. Precisava, pelo menos, saber com quem ele andava e quais eram as pessoas que lhe odiavam.
Levantou, pois nem havia conseguido dormir. Ficou a noite inteira pensando nesse fato.
Voltou lá. Eram quase dez horas da manhã e nem sinal dos dois.
Constatou que por serem o que eram, “fantasmas”, só apareciam à noite e pensou:”voltarei à noite, talvez encontre eles”. Não sabia de onde tinha vindo aquela coragem, porém prosseguiu com a idéia.
Dirigiu-se a sua moradia, onde encontrava-se seu filho, ainda dormindo. Aproveitou para tentar se lembrar de alguma pessoa que conhecesse seu pai e que pudesse lhe falar sobre o mesmo.
Só uma coisa não compreendia: por que seu pai não havia lhe pedido isso antes, já que morreu quando ela possuía onze anos e agora se encontrava com vinte e cinco?
Retrocedeu ao Campo Santo e encontrou quem procurava e lhe perguntou:
-Por onde começarei a investigar, se te conhecia tão pouco quando morreste? Não sabia com quem convivia, se tinha inimigos...resumindo: não conhecia quase nada sobre você. Só tinha certeza de que eras meu pai.
-Dar-lhe-ei uma lista com alguns nomes e, dentre eles, está o nome do assassino. Caso isso não ajude, o Hudiguer te auxiliará - falou apontando para o lobo.
A partir desse momento, o lobo passou a segui-la. Onde ela ia, ele ia atrás.
Seu pai lhe disse, antes dela sair do cemitério, que o lobo seria como um protetor e que avisaria o mesmo, caso Maria necessitasse de ajuda.
Maria começou, então, a procurar as pessoas da lista. O primeiro suspeito era um homem mui brabo. Apontou-lhe uma arma só por ela estar em sua propriedade. Desconfiou, mas seguiu em frente. Alguns foram descartados, com ajuda do lobo, é claro.
Quando pronunciou um nome, Amanda de Oliveira, o Hudiguer começou a uivar de repente, e ela recordou de que seu pai havia dito que o lobo a auxiliaria.
Pegou um transporte e foi em direção ao lar dessa mulher .Ela recebeu Maria muito bem. A mesma resolveu não contar de quem era filha, para não haver reação contrária de Amanda.
Maria havia colocado o xale que vestira na primeira noite em que encontrara seu pai depois de morto. O que ela não sabia era que Amanda tinha dado tal vestimenta a sua avó. Até que a mesma comentou e lhe perguntou o que Maria não queria responder. Com medo da reação de Amanda, não respondeu só lhe disse:
-Já, já saberás.
Maria levou Amanda até seu pai, que puniu Amanda da seguinte maneira:
- Deixar-lhe-ei em paz, contanto que deixes minha filha criar a nossa prole.
Amanda, com medo do que poderia acontecer, aceitou, mas com a condição de que pudesse ir vê-los.
O pai de Maria falou-lhe que não havia lhe pedido isso antes, por que a mesma ainda não estava apta. Então agradeceu-lhe e disse que agora ela não precisava mais se preocupar, que ,a partir daquele instante, havia ganhado um protetor e a sua gratidão eterna.


Aline Soares
110T


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Na noite escura

Noite de vento e de frio. Hálito gelado da cerração que cai sobre casas e árvores. Maria enrola-se no xale negro e sai. Parada na porta, ainda segura o ferrolho. A noite escura sobre os pinheiros amedronta. No entanto, precisa ir, sabe que tem que ir.
Passa a chave na porta, espera que o filho durma tranqüilo até a sua volta. Que deseja ser breve. Respira fundo e desce os poucos degraus de madeira da escada. E, sem olhar para trás, para a segurança da casa, corre em direção à floresta.
Coração em pulos. Passos firmes, mãos a segurar o xale que fora da avó.Corre. Pés, por vezes, trôpegos no desconhecido do terreno mergulhado no escuro.Na curva do caminho, desvia os olhos para o lado. Teme as cruzes e os anjos imponentes do cemitério abandonado. Caminho obrigatório para chegar ao seu destino. Quer correr, todavia, algo a faz parar. Uma luminosidade estranha vinda dos lados do cemitério, e um uivo. Quase choro, de fera em sofrimento.
Coração descompassado. Volta os olhos para o Campo Santo e vê aquilo que jamais pensou ver em sua breve vida

...Um espírito não se sabe de quem ou daonde veio. Única coisa que Maria sabia é que aquilo com certeza não iria fazer bem a ela. Ela se perguntou se aqueles uivos aterrorizantes vindo do campo santo teriam alguma coisa a ver com aquela santidade que ela avistara logo ali no seu lado. Não se sabe. A única coisa que Maria fez foi correr o mais rápido possível e ela percebia que quanto ela mais corria, mais próxima dela se aproximava aquele uivo estranho e aterrorizante.
Maria arriscou olhar para trás e ver se algo estava mesmo se aproximando. Quando, de repente, ela olha novamente, nada mais estava ali, apenas uma neblina densa que quase não se enxergava através dela. Com muito medo e sempre pensando o pior, ela decide voltar e verificar se está tudo bem com Júnior, seu filho que ela deixou dormindo.
Maria passa pela neblina correndo e amedrontada. Avistando que está mais perto de sua casa, começa a ficar mais calma, pois está vendo que tudo está do jeito que ela deixou. Mal conseguiu abrir a porta de nervosismo. Abre rapidamente e corre em direção ao quarto de Júnior. Vendo que seu filho não está na cama, ela se desespera e resolve verificar os outros cômodos da casa. Passou pelo quarto, pela cozinha, pela sala e nada da presença de seu filho. Já quase em pânico, ela se dirige ao banheiro, onde avista seu filho no canto chorando. Não sabia por que ele estava chorando. A única coisa que ela tinha certeza era que algo tinha acontecido de muito ruim e apavorante aquela noite. Depois daquele noite de vento frio, nada voltou a ser como era antes.”

Tamara de Nicol
110T


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Na Noite Escura


Noite de vento e frio. Hálito gelado da cerração que cai sobre casas e árvores. Maria enrola-se no xale negro e sai. Parada na porta, ainda segura o ferrolho. No entanto, precisa ir sabe que tem que ir.
Passa a chave na porta, espera que o filho durma tranqüilo até sua volta.Que deseja ser breve.Respira fundo e desce os poucos de graus de madeira da escada.E, sem olhar para traz, para a segurança da casa corre em direção à floresta.
Coração em pulos. Passos firmes, mãos a segurar o xale que fora da avó .
Corre. Pés por vez trôpegos nos desconhecidos do terreno mergulhado no escuro.
Na curva do caminho desvia os olhos para o lado. Teme as cruzes e os anjos imponentes do cemitério abandonado. Caminho obrigatório para chegar ao seu destino. Quer correr toda a via, algo a faz parar. Uma luminosidade estranha vinda dos lados do cemitério e um ruivo. Quase choro, de fera em sofrimento.
Coração descondensado. Volto os olhos para o Campo Santo e vê aquilo que jamais pensou ver em sua breve vida.
Olha para os lados novamente, só percebe um vulto a segui–la. Minutos se passam e o medo aumenta. A respiração fica ofegante, com um movimento rápido balança a cabeça, como se fosse a sua imaginação lhe torturando. Mas logo percebe que não é sua imaginação.
Mas mesmo com medo resolve ver o que é o tal vulto que a segue. Pára, no mesmo momento percebe que o tal animal que está a seguindo também pára, e no silêncio da mata, de novo escuta um gemido de dor. Resolve se aproximar e ver o que está acontecendo, descobre que o seu marido que estava desaparecido há muito tempo é um caçador ilegal.
Maria grita, diz para ele parar que ele ia matar o pobre animal. Ele vira-se e vê Maria, leva um susto. Pergunta o que ela estaria fazendo aqui. Maria diz que vai trabalhar. Jorge, seu marido, responde:
- Você começou a trabalhar à noite, minha querida?
-Sou uma mulher da vida, única opção que me restou depois que você fugiu, cansou de bater em mim e seu filho e então decidiu ser um caçador, matar os pobres bichinhos ilegalmente.
-Sou um homem bonito, forte, novo e faço o que quiser da minha vida - ele resolve pegá-la e levá–la para sua cabana, longe dali. Maria, muito desesperada, grita muito, pois está assustada. Ele a amarra e diz que ela será só dele.
Gabriel, filho de Maria, acorda e percebe que sua mãe não está. Fica preocupado, pois ele tem apenas nove anos é um garoto inteligente, mas decide esperar para fazer algo, Gabriel não tem como ligar para a policia, pois em sua casa não tem telefone. Sua casa fica perto da floresta, muito longe da cidade. Ele começa a chorar desesperadamente. Então decide sair para procurar sua mãe com muito medo, mas ainda é dia. Ele leva algo para comer e leva seu cachorro junto. Enquanto ele está na mata à procura de sua mãe, Maria está presa com seu ex-marido. Ele a maltrata muito, tentou a estuprá–la, mas Maria luta com ele e apanha muito.
Já é muito tarde e Gabriel está perdido na mata. Seu cachorro começa a latir e ele diz para Tobi parar. Então ele escuta um uivo e decide ver o que é. Ele vê uma onça deitada no chão muito ferida. Ele quer ver se ela está bem. Com medo se aproxima, ela rosna, ele se afasta. Tenta de novo, faz carinho na onça para conquistar sua confiança. Ele percebe que aquela temida fera pode ser um animal muito dócil e adquirindo a confiança da fera ele resolve ajudá–la. Ele diz que sabia um pouco cuidar de animais feridos, pois queria ser um veterinário. Gabriel passa a noite ao lado da onça e de seu cachorro. Ele sente muito medo e muita saudade de sua mãe, mesmo assim ele pega no sono. Mas ele não sabe o quanto sua mãe estará sofrendo nas mãos daquele aproveitador.
Amanhece e Maria está sem comer nada há algumas horas. Ela diz para ele que está com muita fome, ele responde por maldade, que não vai dar nada para ela comer.
Maria diz para ele que vai perder seu trabalho.
-Posso apostar que você era uma prostituta quando eu estava morando ainda lá. Ele bate muito nela, ela diz que não era, pois escolheu essa vida por uma opção, pois ele tinha fugido com outra mulher.
No trabalho de Maria, seu chefe estava muito bravo com ela chegou a dizer que ia despedi-la.
Gabriel acorda e decide sair para procurar sua mãe. Após algumas horas caminhado, ele encontra uma cabana. Aproxima-se com a fera e seu cão. Ele vê seu pai batendo em sua mãe e decide entrar com os animais. eu pai leva um susto. A fera o ataca, pois o reconheceu. Foi ele que tentou matar ela. Ele não teve chance, ela o matou. Maria volta para casa muito ferida e agradece ao seu filho por ter salvado sua vida.
Maria decide ficar com a fera. Contou para seu filho que trabalhava à noite. Gabriel ficou um pouco chateado com a mãe, mas fez ela prometer que ia pedir demissão e não voltaria a trabalhar nunca mais nisso. No outro dia, Maria foi até onde ela trabalhava e contou para seu patrão o ocorrido e que ela tinha um filho e decidiu não mais trabalhar ali. Ele entendeu.
Maria volta para casa e arranja um trabalho digno.
Após alguns anos, seu filho estava se formando veterinário. Eles moravam na cidade. Maria tinha muitos netinhos e contava a eles sua história com alguns cortes que eles eram pequenos demais para ouvirem essas coisas. Agora Maria está muito feliz com sua família.

Priscila Mocelin
110T


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Na noite escura...

Noite de vento e de frio. Hálito gelado da cerração que cai sobre casas e árvores. Maria enrolou-se no xale negro e sai. Parada na porta, ainda segura o ferrolho. A noite escura sobre os pinheiros amedrontada. No entanto, precisa ir, sabe que tem que ir.
Passa a chave na porta, espera que o filho durma tranqüilo até a sua volta. Que deseja ser breve. Respira fundo e desce os degraus de madeira da escada, corre em direção à floresta.
Coração em pulos. Passos firme, mão segurar o xale que fora da avó.
Corre. Pés, por vezes trôpegos no desconhecido do terreno mergulhado no escuro.
Na curva do caminho, desvia os olhos para o lado. Teme as cruzes e os anjos imponentes do cemitério abandonado. Caminho obrigatório para chegar ao seu destino. Quer correr, todavia algo faz parar. Uma luminosidade estranha vinda dos lados do cemitério e um uivo. Quase choro, de fera em sofrimento.
Coração descompassado. Volta os olhos para o Campo Santo e vê aquilo que jamais pensou ver em sua breve vida.
E daí, apavorada sem saber o que fazer: voltar e proteger seu filho que ficou adormecido ou ir em frente. Mas algo impede de continuar, a curiosidade. Maria assustada se aproxima vagarosamente, escondendo-se atrás de um pequeno arbusto, observa aquela cena e exclama em pensamento:
- Oh meu Deus! Não pode ser verdade o que meus olhos estão vendo! Mas infelizmente Maria estava sendo testemunha de um crime terrível. A luminosidade que vira tratava-se de lanternas acesas e o uivo como de uma fera em sofrimento, nada mais era do que o cachorro do coveiro que havia sido brutalmente espancado por três homens que estavam no cemitério. Maria, intrigada, observa com cuidado o que aqueles homens faziam no cemitério aquela hora de madrugada. Foi nesse momento que ela percebeu que eles estavam lá violando túmulos em busca de jóias. Maria pensava:“que falta de amor ao próximo, essas pessoas não respeitam os ente queridos”. Os homens, em meio a risos e conversas, debochavam desdenhosamente dos corpos em decomposição e Maria apavorada pensou “o que fazer agora, sigo meu caminho até meu destino? Mas e se eles me virem com certeza irão me matar para não contar o que estão fazendo”.
Maria realmente estava em dificuldades, sabia que precisava retornar antes que seu querido filho acordasse. Então ela resolveu em silêncio sair dali. Muito amedrontada, dirigiu-se até a estrada principal sem ser notada. Maria não tinha tempo a perder, precisava chegar até ao próximo vilarejo, e assim fez. Chegando lá, foi até o número 666 e bateu naquela porta desesperadamente.
- Por favor, abram está porta, não tenha medo, sou eu, Maria que mora com o filho no vilarejo vizinho, por favor, me ajudem!
Nisso, um homem de cabelos brancos, semblante sereno apesar do susto de ter sido acordado naquela hora, se aproxima e abre a porta. Maria joga-se pos seus pés e diz:
- Venha comigo, pois o remédio do meu filho acabou e se, em uma hora eu não administrar outra dose, o pior pode acontecer. Ajude-me, por favor.
Aquele senhor percebendo o sofrimento daquela mãe e sabendo da doença de seu filho, não mediu esforços em ajudá-los. Disse:
- Venha comigo Maria, vamos no meu carro e antes que o menino acorde estaremos lá para dar-lhe o remédio e assim ele não sentirá as dores decorrentes da falta de medicação. Maria, confiante, entra naquele carro, nada conservado, mas que será útil para socorrer seu pequeno filho.
No caminho ela diz:
- Por favor, não pare na estrada principal, independente do que o senhor veja, e assim foi. Enfim, depois de alguns minutos que para Maria pareciam horas, eles chegaram a sua casa. Aquele senhor, o farmacêutico, administrou a medição e o menino continuou o seu sono tranqüilo até amanhecer. Aquele senhor bondoso retornou para seu lar e Maria continuou vivendo, protegendo e fazendo todo o esforço possível para cuidar de seu querido filho.

Paola de Souza
110T


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Na noite escura

Noite de vento e de frio. Hálito gelado da cerração que cai sobre casas e árvores. Maria enrola-se no xale negro e sai. Parada na porta, ainda segura o ferrolho. A noite escura sobre os pinheiros amedronta. No entanto, precisa ir, sabe que tem que ir.
Passa a chave na porta, espera que o filho durma tranqüilo até a sua volta. Que deseja ser breve. Respira fundo e desce os poucos degraus de madeira da escada. E, sem olhar para trás, para a segurança da casa, corre em direção à floresta.
Coração em pulos. Passos firmes, mãos a segurar o xale que fora da avó.Corre. Pés, por vezes, trôpegos no desconhecido do terreno mergulhado no escuro.Na curva do caminho, desvia os olhos para o lado. Teme as cruzes e os anjos imponentes do cemitério abandonado. Caminho obrigatório para chegar ao seu destino. Quer correr, todavia, algo a faz parar. Uma luminosidade estranha vinda dos lados do cemitério, e um uivo. Quase choro, de fera em sofrimento.
Coração descompassado. Volta os olhos para o Campo Santo e vê aquilo que jamais pensou ver em sua breve vida

conto 110T maicon
Sábado, 19 de Julho de 2008 20:53
De:
"maicon baldissarelli"
Adicionar remetente à lista de contatos
Para:
brmarx5@yahoo.com.br
Maria,vê a luz ficando mais forte, o barulho fica mais alto.Maria sai correndo, e então o xale que fora da sua avó cai. Maria não pode deixa-lo lá, é uma herança de família, ela volta para pegar o xale e vê o “monstro” ficando maior e maior. Maria, apavorada, corre em direção à floresta, mas tropeça e, de repente, tudo fica escuro. As luzes do monstro se apagam, o barulho de fera se cala. Maria não entende o que está acontecendo “porque o monstro parou?” se pergunta Maria. De repente alguma coisa pula de cima do monstro. Maria assustada começa a correr e a “coisa” que pulou começa a correr atrás de Maria. Ela muito assustada corre de volta para casa e se tranca lá.
A “coisa”, que era muito apavorante, começa a gritar com Maria. Pede para entrar, mas Maria diz que não. E então ela se lembra do filho, quando Maria chega ao quarto do filho, uma surpresa, ele não está mais lá. Maria então fica desesperada e começa a chamar pelo seu filho, tudo fica em silêncio, Maria ouve um grito.
_Mamãe, mamãe!
Ela fica mais desesperada e vai atrás da voz de seu filho. A voz vem do lado de fora da casa. Maria, sem pensar, corre para fora da casa e vê a criatura muito apavorante que diz:
-Se quiser ter seu filho de volta, vai ter que fazer o que eu digo.
Maria fica olhando para a criatura, e então dá um grito:
-Eu sabia! Você é Manoel, meu ex-marido.
-Sim, sou eu, e vim me vingar de você por ter feito isso comigo.
-Mas eu não fiz nada para você ficar assim.
-Claro que fez, no dia em que você me botou pra fora de casa, eu tive que sair a pé, e quando atravessei a rua, fui atropelado por um caminhão, sobrevivi mas fiquei com o rosto todo deformado.
-Tudo bem, mas a culpa foi minha e não do meu filho.
-Eu sei disso, mas como não consegui atropelar você com a tombeira, pois ela trancou em um toco de árvore, agora eu quero que você seja submissa a mim, faça tudo o que eu mandar.
-Eu nunca irei fazer isso!
-Então nunca mais verá seu filho.
-Tudo bem, farei o que você quer. Mas antes quero ver meu filho.
-Vamos ver ele.
Na metade do caminho, Maria pegou um pedaço de pau do chão e tentou acertar Manoel, mas ele viu, desviou e lhe deu uma facada.
Quando notou o que tinha feito, Manoel se arrependeu e se matou com uma facada no peito.
O filho de Maria, que se chamava João, foi encontrado dentro de um mausoléu no antigo cemitério.


Maicon Baldissarelli
110T


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Na noite escura

Noite de vento e de frio. Hálito gelado da cerração que cai sobre casas e árvores. Maria enrola-se no xale negro e sai. Parada na porta, ainda segura o ferrolho. A noite escura sobre os pinheiros amedronta. No entanto, precisa ir, sabe que tem que ir.
Passa a chave na porta, espera que o filho durma tranqüilo até a sua volta. Que deseja ser breve. Respira fundo e desce os poucos degraus de madeira da escada. E, sem olhar para trás, para a segurança da casa, corre em direção à floresta.
Coração em pulos. Passos firmes, mãos a segurar o xale que fora da avó.Corre. Pés, por vezes, trôpegos no desconhecido do terreno mergulhado no escuro.Na curva do caminho, desvia os olhos para o lado. Teme as cruzes e os anjos imponentes do cemitério abandonado. Caminho obrigatório para chegar ao seu destino. Quer correr, todavia, algo a faz parar. Uma luminosidade estranha vinda dos lados do cemitério, e um uivo. Quase choro, de fera em sofrimento.
Coração descompassado. Volta os olhos para o Campo Santo e vê aquilo que jamais pensou ver em sua breve vida...



Maria seguiu sua caminhada muito aflita e amedrontada. Maria fazia esta caminhada diariamente, porque ela prometeu ao seu falecido marido que iria continuar a fazer o que ele sempre fez em adoração aos seus pais, que era uma breve caminhada diária na casa dos pais dele. Ela fazia essa caminhada sempre à noite, porque trabalhava o dia inteiro. Os pais de seu falecido moravam a alguns quilômetros de sua casa, e para chegar até lá era preciso atravessar uma ponte, que ficava frontal a um cemitério.
Seu marido, um dia voltando do trabalho e, fazendo sua breve visita na casa dos seus pais, em casa não conseguiu mais chegar. Todas as pessoas daquela região acreditavam que seu marido havia morrido acidentalmente, que ele teria caído da ponte do rio, que havia no trajeto que Maria estava freqüentando, ele teria caído a alguns metros rio a baixo.
Maria relembrava de seu falecido marido a cada vez que passava na ponte, mas eram lembranças tristes, e ao mesmo tempo, dolorosas. Pisando sobre galhos secos, que estavam espalhados em cima da ponte, e a escutar ruídos da mata, ela continuava sua caminhada muito aflita, além de pensar na luminosidade que havia visto anteriormente, a claridade que lhe acompanhava passo a passo. Mas, para a sua tranqüilidade, estava a poucos passos de chegar à casa de seus sogros.
Chegando à nobre cabana de seus sogros, muito apavorada e indignada com o que havia visto, não quis contar nada. Tentou mostrar aos seus sogros muita tranqüilidade, para que eles não desconfiassem de nada. Cumprimentou-os, preparou um chazinho para eles, acendeu o fogo, colocou o cachorro para dentro, juntou as roupas do varal. Maria fez tudo, mas sempre pensando em seu retorno para casa, e imaginando o que poderia ser aquela claridade toda que havia visto. Despediu-se, e começou a jornada de volta para casa.
Aproximando-se da ponte, que ficava frontal ao cemitério, onde tudo ocorreu com seu marido, Maria começa a caminhar rápido. Chegando a metade da ponte, Maria sentiu um vento frio, e o assobiar do vento gelado vem ao seu encontro, junto de folhas secas de plátanos. Naquele momento ela sentiu uma impressão que aquela luminosidade iria mudar sua vida para sempre.
Logo em seguida, Maria desvia os olhos em direção ao campo santo, e sente uma sensação de segurança, e ela se aproxima da luminosidade que vinha em sua direção cada vez mais forte. Maria achava simplesmente que fosse um simples reflexo, mas ao deparar-se bem em frente à luminosidade, ficou surpresa com o que estava vendo, pois era a imagem de seu falecido marido que Deus lhe propusera. Seu marido havia lhe aparecido naquele momento para desvendar a causa de sua morte. Ele questionou que sua morte não foi causada acidentalmente, e sim, que ele haveria sido assassinado por seu vizinho de divisa de propriedades, seu vizinho vivia lhe ameaçando de morte, e que iria invadir o pequeno terreno do falecido. O vizinho queria apropriar-se de tudo individualmente, cujo mesmo era o patrão de sua camponesa.
Após ouvir, Maria foi ao encontro da imagem, tentando abraçá-la, pois encontrou somente a serração na noite fria, tropeçando e caindo sobre o túmulo de seu marido. Ali, por alguns momentos em pranto contido, agradeceu a Deus por o que havia acontecido, e pelo consolo. Maria seguiu seu caminho, chegou a casa aliviada. Na manhã seguinte, percebendo que pouco valia a propriedade que ali foi a causa de uma de suas maiores desilusões, pegou o seu pequeno filho e foi embora. E, nunca mais se soube se Maria e seu filho ainda estão vivos.
Evelise - 100T

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Na noite escura
Caio Riter
Noite de vento e de frio. Hálito gelado da cerração que cai sobre casas e árvores. Maria enrola-se no xale negro e sai. Parada na porta, ainda segura o ferrolho. A noite escura sobre os pinheiros amedronta. No entanto, precisa ir, sabe que tem que ir.
Passa a chave na porta, espera que o filho durma tranqüilo até a sua volta. Que deseja ser breve. Respira fundo e desce os poucos degraus de madeira da escada. E, sem olhar para trás, para a segurança da casa, corre em direção à floresta.
Coração em pulos. Passos firmes, mãos a segurar o xale que fora da avó.Corre. Pés, por vezes, trôpegos no desconhecido do terreno mergulhado no escuro.Na curva do caminho, desvia os olhos para o lado. Teme as cruzes e os anjos imponentes do cemitério abandonado. Caminho obrigatório para chegar ao seu destino. Quer correr, todavia, algo a faz parar. Uma luminosidade estranha vinda dos lados do cemitério, e um uivo. Quase choro, de fera em sofrimento.
Coração descompassado. Volta os olhos para o Campo Santo e vê aquilo que jamais pensou ver em sua breve vida

Um espírito!A criatura era assustadora, toda ensangüentada, cheia de hematomas. Vestia um vestido branco e estava descalça. Porém o mais intrigante era a semelhança com a irmã,falecida à três meses.
O espírito se aproxima aos poucos de Maria. E diz:
-Não se assuste minha irmã. Sou eu Marianne!
Maria ficou paralisada, não conseguia proferir sequer uma palavra.
-Vejo você passar por aqui todas as noites.
-Eu vou trabalhar - disse Maria. Com receio de olhar nos olhos de Marianne.
-Percebo sua aflição ao passar na frente deste cemitério. Por isto vim lhe dizer que podes ficar tranqüila. Não vou deixar que nenhum ser endiabrado aproxime-se de você.
Nesse momento uma imensa paz toma conta de Maria. Ela sorri para a irmã, olha rapidamente em seus olhos e sai, feliz como nunca, rumo ao trabalho.

Andréia S. Weirick – 110T

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