domingo, 13 de julho de 2008

CONTOS 16M



Na noite escura
Caio Riter

Noite de vento e de frio. Hálito gelado da cerração que cai sobre casas e árvores. Maria enrola-se no xale negro e sai. Parada na porta, ainda segura o ferrolho. A noite escura sobre os pinheiros amedronta. No entanto, precisa ir, sabe que tem que ir.
Passa a chave na porta, espera que o filho durma tranqüilo até a sua volta. Que deseja ser breve. Respira fundo e desce os poucos degraus de madeira da escada. E, sem olhar para trás, para a segurança da casa, corre em direção à floresta.
Coração em pulos. Passos firmes, mãos a segurar o xale que fora da avó.
Corre. Pés, por vezes, trôpegos no desconhecido do terreno mergulhado no escuro.
Na curva do caminho, desvia os olhos para o lado. Teme as cruzes e os anjos imponentes do cemitério abandonado. Caminho obrigatório para chegar ao seu destino. Quer correr, todavia, algo a faz parar. Uma luminosidade estranha vinda dos lados do cemitério, e um uivo. Quase choro, de fera em sofrimento.
Coração descompassado. Volta os olhos para o Campo Santo e vê aquilo que jamais pensou ver em sua breve vida.
Aquele gemido de dor, alguém que chamava por ajuda...Maria não conseguia ver o rosto do tal ser desesperado, só sentia em seu peito medo e uma enorme vontade de ajudar aquela pobre alma.
Maria decidiu falar com aquele ser desconhecido para ver se podia amenizar seu sofrimento.
-Quem é você? -perguntou Maria.
A voz respondeu:
-Eu me chamava Andréia, estava indo ao meu casamento, na noite de 07 de março, quando de repente o homem que me levava para o local da cerimônia parou o carro e disse que não era para mim me casar com o meu noivo, pois ele sim me amava. Eu certamente disse que iria me casar, pois amava meu noivo.Quando pronunciei aquelas palavras, o homem ficou irado de uma forma demoníaca. Me agarrou e falou que se ele não podia me ter, ninguém teria.
Me levou em direção à floresta e me amou de uma forma cruel. Eu, que tanto esperei pelo dia do meu casamento, fui assassinada e deixada jogada naquela floresta, pior do que um animal.
Hoje não tenho paz, estou condenada a viver vagando por este cemitério até o dia que a justiça for feita, e aquele homem for condenado. Mas e você? Posso saber qual o motivo da sua angústia? Por que esta sozinha nesta noite fria vagando sem rumo, tão atormentada, o que te perturba?
-Olha, meu nome é Maria. Sou mãe solteira, trabalho durante o dia em uma lancheria, mas o dinheiro não dá para sustentar a mim e a meu filho. Então, à noite quando ele dorme, saio por aí com uma angustia de deixar meu filho, mas pensando no futuro dele, e vendo meu corpo. Em outras palavras, me prostituo, para poder sustentar a casa. Porque hoje em dia, ninguém quer se casar com alguém que já tenha filho. E se casam, maltratam as crianças com a desculpa de que não são seus filhos. Por enquanto vou ganhando a vida assim, não gosto do que faço, mas não tenho escolha. Bom Andréia, vou andando, pois tenho muito a fazer. Espero que a justiça seja feita logo e que você possa descansar em paz.
-Maria eu te desejo toda a felicidade do mundo e que você possa mudar de vida.
As duas se despediram e Maria seguiu seu caminho. Um homem que estava fugindo da polícia por assalto a mão armada e assassinato duplamente qualificado, encontrou Maria na escuridão e pensou que fossem os policiais e atirou no meio da testa de Maria. O homem levou um susto, mas continuou a correr, mas foi surpreendido por um policial. O homem foi condenado a prisão perpétua e no final das contas descobri que o homem que matou Maria, foi o mesmo eu matou Andréia. E Andréia pode enfim descansar em paz...

Janine Gelenski
16M


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Na noite escura
Noite de vento e de frio. Hálito gelado da cerração que cai sobre casas e árvores. Maria enrola-se no xale negro e sai. Parada na porta, ainda segura o ferrolho. A noite escura sobre os pinheiros amedronta. No entanto, precisa ir, sabe que tem que ir.
Passa a chave na porta, espera que o filho durma tranqüilo até a sua volta. Que deseja ser breve. Respira fundo e desce os poucos degraus de madeira da escada. E, sem olhar para trás, para a segurança da casa, corre em direção à floresta.
Coração em pulos. Passos firmes, mãos a segurar o xale que fora da avó.Corre. Pés, por vezes, trôpegos no desconhecido do terreno mergulhado no escuro.Na curva do caminho, desvia os olhos para o lado. Teme as cruzes e os anjos imponentes do cemitério abandonado. Caminho obrigatório para chegar ao seu destino. Quer correr, todavia, algo a faz parar. Uma luminosidade estranha vinda dos lados do cemitério, e um uivo. Quase choro, de fera em sofrimento.
Coração descompassado. Volta os olhos para o Campo Santo e vê aquilo que jamais pensou ver em sua breve vida
Ao olhar para o lado e viu o espírito de sua falecida avó, Maria havia ficado petrificada lhe olhando, enquanto ela vinha em sua direção sussurrando pequenas palavras, até que parou em sua frente e disse:
- Vejo que está usando meu antigo xale minha querida neta, há quanto tempo, não é?
Maria ainda pasma, sem dizer uma só palavra, olha atentamente ao espírito. Se esforça toma coragem e pergunta:
- Vovó?
- Sim, sou eu Maria, sua avó.
- Mas você não está morta?
- Sim, mas eu preciso ser breve, não tenho muito tempo para lhe avisar que eles estão atrás de James.
- Meu filho? Quem está procurando ele?
- Os Paladinos, desculpe, não poder falar mais nada, adeus Maria.
- Vovó espere.
E em um breve espaço de tempo o espírito desaparece deixando um rastro de luz, Maria pensando nas palavras de sua avó corre para casa esperando que seu filho esteja bem. Mas ao chegar em casa, vê todas as portas arrombadas e seu filho já não estava mais lá.
Maria, entrou no quarto de seu filho e sentou-se na cama a chorar em desespero. Depois de horas de melancolia, decidiu que teria que tomar uma atitude para poder resgatar seu filho de volta. Então, de repente, lembrou-se de sua avó, e foi até o quarto onde ela guardava todos os seus pertences e lá encontrou muita coisa intrigante, que com certeza levaria ela até seu filho.
Seguindo as pistas de sua avó, achou a localização exata dos Paladinos, mas ainda faltava uma coisa, o que eram? O que queriam? Ainda mexendo nas coisas da avó, descobriu que os Paladinos eram um clã de pessoas que tem como objetivo libertar o mal, e queriam seu filho, porque ele tinha relação com a profecia, o único homem da geração de Maria.
Mas ainda faltava uma coisa, o livro de Turalyon, o criador dos Paladinos. Seu livro se perdeu há séculos, e os Paladinos existem desde os tempos medievais, eles precisam do livro para chegar ao objetivo, mas sua avó o tinha achado e guardado em segredo, e estava ali, debaixo de todos os papéis, o Livro de Turalyon.
Com isso Maria partiu ao castelo Thunderlord na Irlanda, onde achou a sede do clã, protegida por dois guardas em cada entrada. Ela primeiramente escondeu o livro em uma caverna com uma armadilha já preparada para prendê-los. Ao cair da noite, ainda esperando, teve a idéia de criar uma distração. Botou fogo em um monte de palha perto de uma das entradas do castelo. Todos os guardas correram diretamente ao local, deixando as entradas livres.
Maria discretamente entrou pelos fundos, por dentro parecia mais um labirinto do que um castelo. Milhares de caminhos e escadas, subiu até a sala mais alta do castelo onde eles mantinham seu filho preso, o libertou e pediu que ficasse quieto. Desceram juntos todo castelo até a saída, viram que a porta estava trancada e atrás deles estavam eles, os Paladinos.
Então o líder deles passou à frente e disse:
- Você nunca conseguirá fugir daqui. Agora coopere, onde está o livro de Turalyon? Nós sabemos que está com você, agora diga.
- Nunca vou dizer, vocês nunca o encontrarão.
- Podemos chegar a um acordo, o que você acha ?
- Liberte eu e meu filho, e eu te direi onde o livro está.
- Bom, vamos então.
Chegando até a entrada da caverna, o líder dos Paladinos disse a outros dois:
- Vocês ficam aqui cuidando dela e de seu filho, o resto entra comigo.
Então, a maioria dos Paladinos entrou na caverna, deixando Maria e seu filho com dois guardas. Maria luta com os dois guardas e os derruba sem fazer barulho. Corre até as rochas próximas à entrada da caverna, onde havia escondido um detonador. Acionando-o explode a entrada da caverna deixando os Paladinos presos.
Após algumas horas, chama a polícia que prende os Paladinos e fecha o seu castelo. Maria e seu filho voltam para casa onde vão ao local de destino de Maria antes de tudo começar, visitar sua avó no cemitério.

Matheus Righes
16M


Na noite escura

Noite de vento e de frio. Hálito gelado da cerração que cai sobre casas e árvores. Maria enrola-se no xale negro e sai. Parada na porta, ainda segura o ferrolho. A noite escura sobre os pinheiros amedronta. No entanto, precisa ir, sabe que tem que ir.
Passa a chave na porta, espera que o filho durma tranqüilo até a sua volta. Que deseja ser breve. Respira fundo e desce os poucos degraus de madeira da escada. E, sem olhar para trás, para a segurança da casa, corre em direção à floresta.
Coração em pulos. Passos firmes, mãos a segurar o xale que fora da avó.Corre. Pés, por vezes, trôpegos no desconhecido do terreno mergulhado no escuro.Na curva do caminho, desvia os olhos para o lado. Teme as cruzes e os anjos imponentes do cemitério abandonado. Caminho obrigatório para chegar ao seu destino. Quer correr, todavia, algo a faz parar. Uma luminosidade estranha vinda dos lados do cemitério, e um uivo. Quase choro, de fera em sofrimento.
Coração descompassado. Volta os olhos para o Campo Santo e vê aquilo que jamais pensou ver em sua breve vida


Maria quer se aproximar, mas a coragem é pouca, quase nada. As pernas estão sem forças para andar e o coração quase pára de tanto bater.
Ela vai andando pensando o que faria para poder sair dali, seguir o seu caminho sem que nada a aconteça. Em seu pensamento tudo passa: o medo da solidão desse momento, a agonia de andar sem forças, a vontade de continuar seu caminho, mas muita curiosidade de saber o que seria aquela criatura que poderia estar precisando de sua ajuda. Talvez
Maria criou coragem sabendo que tinha que passar sempre ali pelo mesmo lugar não só essa vez, mas já tinha passado muitas e iria passar outras e outras. Foi andando devagar. Cada vez mais ela diminuía os passos porque quase não podia andar. Assustada e com os olhos se enchendo de lágrimas, foi se aproximando. Maria se aproximava e a voz, o ruído ficava distante, ela caminhava e o ruído parecia que também ia se movendo e saindo de perto dela. Talvez essa criatura, que ela sentia tanto medo, ao ver ela com aquele xale que era de sua avó também se assustou e foi andando lentamente e sumiu.

Daniel Bortolini
16M




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Na Noite Escura

Noite de vento e de frio. Hálito gelado da cerração que cai sobre as casas e árvores. Maria enrola-se no manto negro e sai. Parada na porta, ainda segura o ferrolho. A noite escura sobre os pinheiros amedrontava. No entanto, precisa ir, sabe que tem que ir.
Passa a chave na porta, espera que filho durma tranqüilo até a sua volta. Que deseja ser breve. Respira fundo e desce os poucos degraus de madeira da enxada. E sem olhar para trás, para a segurança da casa, corre em direção à floresta.
Coração em pulsos. Passos firmes, mãos à segurar o xale que fora da avó.
Corre, pés, por vez, trôpega no desconhecido do terreno mergulhado no escuro.
Na curva do caminho, desvia os olhos para o lado. Teme as cruzes e os anjos imponentes do cemitério abandonado. O caminho obrigatório para chegar ao seu destino. Quer correr, todavia, algo a faz parar. Uma luminosidade estranha vinda dos lados do cemitério, e um uivo. Quase choro, de fera em sofrimento.
Coração descompassado. Volta os olhos para o campo santo e vê aquilo que jamais pensou ver em sua breve vida.
Tamanho foi seu espanto que Maria acabou por desmaiar. Tempo depois acorda, mal enxergando percebe que esta dentro de uma casa velha cheia de pó e moveis velhos corroídos por cupins, logo após percebeu que se tratava daquela casa velha que vira antes de desmaiar.
Passado um tempo, ouve passos vindo em sua direção. Percebera que aqueles passos eram de seu seqüestrador, o tal que apareceu no clarão. Ele vindo e a claridade aumentando, então enfim pode ver a cara do sujeito, cabelos grisalhos, cara enrugada, corpo magricela.
Maria inconformada pergunta para o tal desconhecido o motivo de ser seqüestrada. Ele, dando risada, responde que é só por diversão, pois logo ia soltar ela para voltar à sua rotina, mas só depois ficar um tempo ali para ele conversar com ela.
O tempo passando e eles conversando. Então, de repente, o velho se levanta da cadeira onde estava e solta Maria, e ela sem saber o que dizer sai em direção à porta, pois ficar ali mais um tempo não agüentaria.
Volta ao seu lar, ainda que seu coração esteja descompassado, acorda o filho como se não tivesse acontecido nada e segue para seu trabalho não temendo o futuro, mas sempre seguindo adiante.


Nome: Augusto Wrasse
Turma: 16M


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Na noite escura
Caio Riter
Noite de vento e de frio. Hálito gelado da cerração que cai sobre casas e árvores. Maria enrola-se no xale negro e sai. Parada na porta, ainda segura o ferrolho. A noite escura sobre os pinheiros amedronta. No entanto, precisa ir, sabe que tem que ir.
Passa a chave na porta, espera que o filho durma tranqüilo até a sua volta. Que deseja ser breve. Respira fundo e desce os poucos degraus de madeira da escada. E, sem olhar para trás, para a segurança da casa, corre em direção à floresta.
Coração em pulos. Passos firmes, mãos a segurar o xale que fora da avó.Corre. Pés, por vezes, trôpegos no desconhecido do terreno mergulhado no escuro.Na curva do caminho, desvia os olhos para o lado. Teme as cruzes e os anjos imponentes do cemitério abandonado. Caminho obrigatório para chegar ao seu destino. Quer correr, todavia, algo a faz parar. Uma luminosidade estranha vinda dos lados do cemitério, e um uivo. Quase choro, de fera em sofrimento.
Coração descompassado. Volta os olhos para o Campo Santo e vê aquilo que jamais pensou ver em sua breve vida


E andando entre o cemitério vê uma sombra atrás dela, mas ela olha e não vê nada, então ela começa a correr, mas tropeça e se apavora de medo quando vê é o seu marido seu João.
Ele estava preocupado com Maria e foi procurar, mas ela pensava que estava sendo perseguida.
Andando, Maria olha para o lado e não vê João, começou a se preocupar de novo. Maria começa a procurar, mas não encontra nada nem pegadas de seu marido.
Voltando para casa ela não encontra seu marido e nem seu filho que estava dormindo, ela estava precisando do ir ao banheiro, quando vê seu querido filho morto numa banheira de sangue.
Ela vai procurando pro seu marido, mas não tinha luz. Corajosa pegou uma lanterna e foi.
Maria não gostou do que viu. Seu João em cima do carro todo esfaqueado. ela percebe que havia gente ali. Quando vê era tarde, tomou uma facada nas costas, tudo isso por que ela pediu.
Porque vocês assistiram a fita faz sete dias e todos morreram com muito suspense.


Nome: Rodrigo Magagnin
Turma: 16m




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Na noite escura

Noite de vento e de frio. Hálito gelado da cerração que cai sobre casas e árvores. Maria enrola-se no xale negro e sai. Parada na porta, ainda segura o ferrolho. A noite escura sobre os pinheiros amedronta. No entanto, precisa ir, sabe que tem que ir.
Passa a chave na porta, espera que o filho durma tranqüilo até a sua volta. Que deseja ser breve. Respira fundo e desce os poucos degraus de madeira da escada. E, sem olhar para trás, para a segurança da casa, corre em direção à floresta.
Coração em pulos. Passos firmes, mãos a segurar o xale que fora da avó.Corre. Pés, por vezes, trôpegos no desconhecido do terreno mergulhado no escuro.Na curva do caminho, desvia os olhos para o lado. Teme as cruzes e os anjos imponentes do cemitério abandonado. Caminho obrigatório para chegar ao seu destino. Quer correr, todavia, algo a faz parar. Uma luminosidade estranha vinda dos lados do cemitério, e um uivo. Quase choro, de fera em sofrimento.
Coração descompassado. Volta os olhos para o Campo Santo e vê aquilo que jamais pensou ver em sua breve vida.
O espírito de sua avó estava parado em sua frente. Assustada e ao mesmo tempo feliz por rever sua segunda mãe, Maria começou a questionar:
- Vovó! O que está fazendo aqui?
- Você sabe... Não faça isso Maria, não é o jeito certo de terminar com isso, minha filha.
- Eu já me decidi, vovó. É o único jeito! Você teve que pagar com sua vida, quero que isso termine, não importa o que acontecerá comigo!
- Seu avô assassino só vai conseguir manter-se vivo as suas custas. Não ajude-o! Você sabe que ele me matou por não tê-lo ajudado com o seu plano de viver para sempre. E é do xale que ele precisa. Não siga com isso!
Maria respirou fundo. Por mais que a presença de sua avó a prendesse naquele lugar e estivesse indecisa sobre o que fazer, seguiu seu rumo. Após correr por alguns metros virou-se, na esperança de um último olhar, para lhe dar força, mas encontrou apenas o silêncio da noite atemorizante.
Finalmente, chegou em seu destino. A cabana onde seu avô vivia caía aos pedaços. Maria parou a frente da porta e abriu-a. O velho homem estava sentado em uma cadeira em frente a entrada, de onde Maria acabara de surgir.
- Minha neta querida, venha até aqui e me dê um abraço.
- Trouxe tudo o que você pediu.
Maria tirou o xale de seu pescoço e deixou pendurado em sua mão. Num gesto brusco, seu avô virou-a de costas para si e tirou uma faca do bolso, a qual apontou ao lugar onde estava o xale.
- Desculpe minha cara, mas isso é necessário. A única maneira de manter-me vivo é que o sangue de um corpo sem alma seja derramado sobre o xale de sua avó, que tive que tirar de meu caminho. Você pensou que eu já teria alguém morto aqui?
Então, a porta escancara-se e o lobo Capeto entra correndo pela cabana e tira, com uma mordida forte, o xale das mãos de Maria e sai pela janela entreaberta.
- Lobo desgraçado, volte aqui!
O avô havia soltado a neta e, correndo desesperado pela floresta atrás do lobo, vê que o bichano parou em uma clareira e que continuava a morder enfurecido o xale; e em uma luz emanante de energia, a avó de Maria materializa-se na frente do homem velho e interrompe-o:
- Você não vai conseguir manter sua tradição bizarra. E ela irá acabar agora!
Maria acabara de sair da cabana, e, aterrorizada, assiste a cena. O ar começa a se fazer inexistente para o velho. O lobo continuava a roer o xale com ferocidade. As pernas do senhor ficam fracas e ele, de joelhos, explode-se em milhões de feixes de luz. A neta, após presenciar o trágico fim, sente-se fraca também e desmaia.

- Mamãe, mamãe, acorda! Já é dia e você prometeu fazer um bolo comigo hoje.
Maria acorda na cama de seu quarto, deitada junto com seu filho, e levanta-se:
- Meu filho! Você está bem?
- Sim mãe. E aí? Está pronta para o bolo?
- É claro, meu querido. Vá indo preparar as coisas na cozinha que logo estarei lá.
Sem entender muito, ela olha para os lados tentando achar uma pista sobre como foi parar sã e salva em sua casa, junto a seu filho. Em cima do criado-mudo, ao lado da cama, vê um pedaço de tecido preto rasgado junto a um chumaço de pêlos brancos e pretos.

Régis Araújo
16M


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Na noite escura

Noite de vento e de frio. Hálito gelado da cerração que cai sobre casas e árvores. Maria enrola-se no xale negro e sai. Parada na porta, ainda segura o ferrolho. A noite escura sobre os pinheiros amedronta. No entanto, precisa ir, sabe que tem que ir.
Passa a chave na porta, espera que o filho durma tranqüilo até a sua volta. Que deseja ser breve. Respira fundo e desce os poucos degraus de madeira da escada. E, sem olhar para trás, para a segurança da casa, corre em direção à floresta.
Coração em pulos. Passos firmes, mãos a segurar o xale que fora da avó.Corre. Pés, por vezes, trôpegos no desconhecido do terreno mergulhado no escuro.Na curva do caminho, desvia os olhos para o lado. Teme as cruzes e os anjos imponentes do cemitério abandonado. Caminho obrigatório para chegar ao seu destino. Quer correr, todavia, algo a faz parar. Uma luminosidade estranha vinda dos lados do cemitério, e um uivo. Quase choro, de fera em sofrimento.
Coração descompassado. Volta os olhos para o Campo Santo e vê aquilo que jamais pensou ver em sua breve vida


Era o túmulo de sua avó aberto, um monte de terra ao lado e um buraco vazio no chão. Quem poderia te-la desenterrado?
Maria estava assustada, havia perdido toda sua coragem. Segurou seu xale com firmeza, virou-se e em passos apressados ela voltava para casa, quando de repente ouviu um barulho ao seu redor, olhou para os lados, mas nada viu. Maria caminhava com a impressão de estar sendo seguida, mas quando olhava para trás, percebia que era apenas a floresta a lhe atormentar.
Maria estava andando com muita pressa, quando um barulho muito estranho lhe tirou a concentração. Ela com muito medo acelerava cada vez mais seus passos, estava quase correndo quando algo inesperado a fez parar. Então, logo pensou em seu filho que deixara em casa. O que seria dele sem sua mãe? Maria olhou novamente o inusitado e não acreditava que aquilo que via na sua frente era a pessoa que mais amava nesse mundo. Essa pessoa tinha os traços de sua avó, mas seu corpo era de outra pessoa. Sua avó trazia em nas mãos uma faca suja de sangue.
Maria percebeu que Isaura, sua avó, era de um mundo totalmente desconhecido pelos humanos. Sua avó havia ficado irracional e não lembrava que Maria era sua neta. Isaura sem pensar duas vezes foi logo atacando Maria que estava sozinha e não tinha a quem pedir ajuda. Sua avó queria matá-la.
Isaura? Ninguém sabe o que aconteceu com ela. E Maria? Saía todos os dias para visitar sua avó, mas depois daquela noite Maria nunca mais voltou e filho órfão deixou.

Rafaela Zimieski
16M


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Na noite escura

Noite de vento e de frio. Hálito gelado da cerração que cai sobre casas e árvores. Maria enrola-se no xale negro e sai. Parada na porta, ainda segura o ferrolho. A noite escura sobre os pinheiros amedronta. No entanto, precisa ir, sabe que tem que ir.
Passa a chave na porta, espera que o filho durma tranqüilo até a sua volta. Que deseja ser breve. Respira fundo e desce os poucos degraus de madeira da escada. E, sem olhar para trás, para a segurança da casa, corre em direção à floresta.
Coração em pulos. Passos firmes, mãos a segurar o xale que fora da avó.Corre. Pés, por vezes, trôpegos no desconhecido do terreno mergulhado no escuro.Na curva do caminho, desvia os olhos para o lado. Teme as cruzes e os anjos imponentes do cemitério abandonado. Caminho obrigatório para chegar ao seu destino. Quer correr, todavia, algo a faz parar. Uma luminosidade estranha vinda dos lados do cemitério, e um uivo. Quase choro, de fera em sofrimento.
Coração descompassado. Volta os olhos para o Campo Santo e vê aquilo que jamais pensou ver em sua breve vida

Uma fera, com olhos vermelhos, dois metros de altura, e babava como se estivesse com muita fome, fome de carne. Maria entrou em pânico, começou a correr sem saber aonde ir. A fera rosnava, parecia estar com sede de sangue, a fera começou a correr com a baba escorrendo em sua boca, mostrando seus grandes dentes.
Maria estava em pânico, e a fera se aproximava cada vez mais, Maria sempre teve muito medo dessas coisas sobrenaturais, pois seus avós contavam histórias de terror para assustá-la, mas ela não acreditava que isso existia.
Maria corria sem parar, entrou floresta adentro sem saber onde se esconder, quando avistou em uma clareira uma velha cabana, correu para dentro da cabana e se escondeu. Ouvindo os passos da fera se aproximando, suas mãos tremiam sem parar de tanto medo, mal conseguia respirar de tanto correr. De repente ouve um estrondo na porta dos fundos da cabana, a fera derrubou a porta e se aproximava, o chão estralava com o seus passos, o medo tomava conta de Maria.
Maria avistou a fera e começou a chorar sem parar, tentou correr, mas a fera deu um tapa tão forte que jogou Maria contra a parede, perfurando suas costelas. Maria sentia muita dor, e o sangue escorria no chão aumentando a sede de sangue da fera. A fera pulou em seu pescoço e começou a devorá-la, o sangue jorrava como se fosse um chafariz. De repente tudo se apaga, havendo só escuridão. Maria se assustou e percebeu que aquilo era só um pesadelo.
Mas Maria ficou perturbada com aquele pesadelo, e até hoje quando Maria passa pelo velho cemitério perto de sua casa, ouve o rosnar da fera, o brilho vermelho de seus olhos, aquele uivo horripilante e o som de seus gritos de dor.

Natan Scarton
16M



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Na Noite Escura

Noite de vento e de frio. Hálito gelado de serração que cai sobre casas e árvores. Maria enrola-se no xale negro e sai. Parada na porta ainda segura o ferrolho. A noite escura sobre os pinheiros amedronta. No entanto, precisa ir, sabe que tem que ir.
Passa a chover na porta, espera que o filho durma tranqüilo até a sua volta. Que deseja ser breve. Respira fundo e desce os poucos degraus de madeira da escada. E sem olhar para trás, para a segurança da casa, corre em direção à floresta.
Coração em pulos. Passos firme, mãos a segurar o xale que fora da avó.
Corre. Pés, por vezes, trôpegos no desconhecido do terreno mergulhado no escuro.
Na curva do caminho, desvia os olhos para o lado. Teme as cruzes e os anjos imponentes do cemitério abandonado. Caminho obrigatório para chegar ao seu destino. Quer correr, todavia, algo a faz parar. Uma luminosidade estranha vinda dos lados do cemitério e um vivo. Quase choro, de fera em sofrimento.
Coração descompassado. Volta os olhos para o campo santo e vê aquilo que jamais pensou em ver em sua breve vida.
Mãos trêmulas. Sente em seu corpo um calafrio, pois não havia certeza do que via.
Fazia-se silêncio naquele momento, apenas se ouvia o assobio do vento.
Desperta a curiosidade em Maria. No entanto, o medo falava mais alto.
Mais calma, começa a trilhar o caminho que até a luz. Percebe que é uma pobre mulher aos prantos, chorando pela triste solidão que sentia. Perdera seu filho fazia pouco tempo.
Logo Maria se dá conta que deixara a lamparina acesa na sala de sua casa.
Não podia demorar. Com um grande ULO (grito de agonia), apressada vai ao encontro de sua casa.
Da colina, avistou-a em chamas. Em desespero sente a mesma agonia que a mulher ao seu lado sentia.
Consternada. Sendo algum tempo sem perceber a passagem do mesmo, enxerga uma nova luz vindo ao seu encontro.
Ao ouvir um choro de criança, volta a si. Reconhece que aquela mulher que conhecera antes havia salvado seu filho.
Vendo o menino salvo, agora as duas choram de grande alegria.

Carine Peccin
16M




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Na noite escura

Noite de vento e de frio. Hábito gelado da cerração que cai sobre casas e árvores. Maria enrola-se no xale negro e sai. Parede na porta, ainda segura o ferrolho. A noite escura sobre os pinheiros amedronta. No entanto, precisa ir, sabe que tem que ir.
Passa a chave na porta, espera que o filho durma tranqüilo até a sua volta. Que deseja ser breve. Respira fundo e desce os poucos degraus de madeira da escada. E, sem olhar para trás, para a segurança da casa, corre em direção à floresta.
Coração em pulos. Passos firmes. Mãos a segurar o xale que fora da avó.
Corre, pés, por vezes,trôpegos em desconhecido do terreno mergulhado no escuro.
Na curva do caminho, desvia os olhos para o lado. Teme as cruzes e os anjos imponentes do cemitério abandonado. Caminho obrigatório para chegar ao seu destino. Quer correr, todavia, algo a fez parar. Uma luminosidade estranha vinda dos lados do cemitério e um uivo. Quase choro, de fera em sofrimento.
Coração descompaçado. Volta os olhos para o campo santo e vê aquilo que jamais pensou ver em breve vida.
Ele era grande, muito maior do que Maria havia imaginado em toda sua vida. Quando criança, sua mãe a obrigava comer legumes, com a desculpa de que se não comesse, chegaria um dia a vê-lo. Porém, não adiantou. Mesmo seguindo todas as ordens de sua mãe e comer brócolis durante todo o sempre, Maria não foi poupada daquela terrível visão.
Seus olhos, grandes e soturnos, pareciam duas safiras banhadas a fogo, e a ira que despertava, era capaz de colocar medo em qualquer monstro infernal de contos de fadas.
Ele sangrava. Sangrava continuamente. Seu uivo de dor tocava a fundo a alma de Maria. Seu sentimento naquele momento era inexplicável. Uma mescla de pavor, medo, repulsa e compaixão. Era ele, a Fera de Camperville.
Diziam que ele saía para atacar todas as noites escuras de lua minguante, como aquela. Mas Maria já havia passado há anos da fase de acreditar em histórias de terror folclóricas. O único medo que crescia dentro dela, era relacionado a tudo aquilo que mudara a sua vida tão rapidamente, de uma maneira tão brusca e inconseqüente. O que aconteceria depois que ela terminasse sua missão com Jeremias? Como eles conseguiriam escapar de tudo a salvos, sem deixar rastros do crime que cometeram? Já era pressão demais para a cabeça interiorana de Maria, mas agora, olhando para essa fera monstruosa chorando por ajuda, era como se todos os problemas que teria de enfrentar tivessem ido embora, como se saber o que fazer ali, era o mais importante.
Maria observava o monstro. Não corria, não falava. Sua respiração ritmada se escondia atrás dos uivos de sofrimento. O vento daquela noite fria, fez com seu xale caísse e seus longos cabelos negros como ébano ficassem à mostra. Queria correr, mas seus pés ficaram presos ao chão. A curiosidade era maior. De repente, a Fera de Camperville notou sua presença.
- Maria! – ele disse – Eu a esperava aqui! – sua voz ecoou por todo o cemitério, fazendo as folhas escuras das árvores balançarem mais.
Maria arregalou os olhos pretos. O que esse monstro sabia dela, o que ele queria com ela? Em toda sua vida, Maria só havia pecado uma única vez, e mesmo que tenha sido o pior dos pecados, passara a infância e a adolescência servindo a Igreja de Camperville, ajudando os padres e freiras. Será que era isso que ela recebia em troca por ser tão dedicada? Como num impulso, começou a correr.
- Aonde pensa que vai, querida? – uma velha baixa, que mais parecia uma bruxa, extremamente encapuzada e fedorenta apareceu, como num passe de mágica, na frente da jovem mulher – Você pediu por isso. Você implorou por isso! Não adianta mais fugir! – a velha soltou um feixe de luz vermelho através do dedo indicador, e esse feixe envolveu Maria, fazendo uma prisão em volta dela.
Maria pensou em gritar. Gritar para Jeremias ouvi-la e salvá-la. Mas de certo ele não escutaria. E se escutasse, não poderia fazer nada contra a fera ferida e a feiticeira maldita. Mas mal sabia ela, que Jeremias estava diretamente direcionado com a Fera de Camperville.
Tudo começou há muito tempo quando a jovem Maria conheceu Jeremias. Viúva, desamparada e com filhos para criar, o homem, quase vinte anos mais velho do que ela, lhe prometeu o mundo. Prometeu uma vida melhor para ela e para as crianças, e só queria UMA coisa em troca. Apenas uma coisa. Queria que Maria o ajudasse a matar a sétima filha da família Jameson, uma linda garotinha de 6 anos de idade. Maria nunca entendeu muito bem o propósito disso tudo, mas aceitou. Tinha certeza que a família Jameson iria superar a morte da menina, afinal, ela era apenas uma entre outros seis.
O crime foi bárbaro e triste, mas agora, não havia mais tempo para reclamações. Maria já o havia cometido, e precisavam esconder o corpo da criança ( que deveria estar com Jeremias).
- Maria, como você é tola! – gritou a Fera – e mais tolo ainda, fui eu, de achar que você era capaz de me ajudar como deveria! Você, sua vagabunda, permitiu que os anjos dourados entrassem em meu caminho e resgatassem a alma da menina. Agora, estou eu, aqui! Sofrendo tudo o que fizemos a pirralha passar! Mas as coisas não vão ficar assim, porque antes de tudo, eu mato você! – a ira nos olhos do monstro era sufocante.
- Como é tolinha esta garota! – continuou a velha – você não percebeu em nenhum momento, querida, que o seu querido namorado Jeremias, é a Fera de Camperville? E que em todos os anos ímpares, ele tem que matar uma criancinha pura com a ajuda de uma mulherzinha pura para poder se alimentar? Hahahahahaha! É mesmo muito burrinha!
Maria sentiu seu corpo gelar. Jamais, em toda sua vida, se vira naquela situação. Confiou em Jeremias como jamais havia confiado em outra pessoa, e agora, estava prestes a morrer.
A fera se aproximava. Seu coração pulsava. A fera babava algo espumado, de ódio. Suas mãos congelavam. A fera esticou a mão grande e peluda, e agarrou o pescoço fino de Maria. Ela fechou os olhos, esperando pelo pior...


O telefone toca. Maria, acorda sobressaltada. Tudo não passara de um sonho, o sonho mais real que já tivera. Maria atende o telefone, aliviada por ainda estar viva:

-Olá, meu amorzinho! Aqui é o Jeremias. Estou ligando só para te lembrar daquela conversa que a gente teve sobre... você sabe... a menina mais nova dos Jameson... você sabe. Então, liguei para avisar que será hoje. Eu sei que é terrível e macabro, mas eu preciso muito daquilo e como você é a única pessoa que eu tenho no mundo, achei que ia entender. Pego você mais tarde, ok?

Maria desligou o telefone. Ao seu redor, tudo ficou negro e começou a girar. Não importa o que aconteça, aquele era seu destino, e não tinha como fugir dele.

Lucas Ferreira
16M


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Na noite escura

Noite de vento e de frio. Hálito gelado da cerração que cai sobre casas e árvores. Maria enrola-se no xale negro e sai. Parada na porta, ainda segura o ferrolho. A noite escura sobre os pinheiros amedronta. No entanto, precisa ir, sabe que tem que ir.
Passa a chave na porta, espera que o filho durma tranqüilo até a sua volta. Que deseja ser breve. Respira fundo e desce os poucos degraus de madeira da escada. E, sem olhar para trás, para a segurança da casa, corre em direção à floresta.
Coração em pulos. Passos firmes, mãos a segurar o xale que fora da avó.Corre. Pés, por vezes, trôpegos no desconhecido do terreno mergulhado no escuro.Na curva do caminho, desvia os olhos para o lado. Teme as cruzes e os anjos imponentes do cemitério abandonado. Caminho obrigatório para chegar ao seu destino. Quer correr, todavia, algo a faz parar. Uma luminosidade estranha vinda dos lados do cemitério, e um uivo. Quase choro, de fera em sofrimento.
Coração descompassado. Volta os olhos para o Campo Santo e vê aquilo que jamais pensou ver em sua breve vida

Alguma pessoa estava bem a sua frente, uma mulher de idade provavelmente, era muito magra, braços e pernas finas, cabelo curto e grisalho. Maria paralisada desejava em silêncio ver o rosto daquela mulher, mas com ela de costas como poderia?
Poderia chamá-la, pensou Maria, mas preferiu ficar em silêncio e seguir o seu caminho.
Em pequenos passos e com as mãos firmes em seu xale, Maria passou pela mulher que não havia se movimentado.
A curiosidade era muita, Maria queria de qualquer jeito olhar para trás, mas o medo a repreendia.
Os uivos e a luminosidade de que havia mencionado duraram apenas alguns segundos e já tinham ido embora, deixando o lugar num silêncio total.
Mais alguns passos tinha dado Maria quando a mulher desconhecida resolveu se pronunciar:
-Maria! Você não vai me cumprimentar?
Maria olhando para frente arregalou seus olhos, engoliu em seco e virou-se devagar.
O espanto era claro em seu rosto, Maria não podia acreditar que aquilo tudo era real. A mulher tinha olhos castanhos e uma boca pequena, era pálida e com várias rugas pelo rosto, seu semblante de mulher vivida... sofrida, apertava o coração de Maria que com pequenos gaguejos falou:
- Eu não imaginava que fosse você, não esperava que estivesse aqui, afinal isso é loucura, não é?
-Loucura? Como pode ser loucura? Você sabia que eu viria buscá-la, eu prometi isso a você.
-Sim eu sei, mas isso foi antes...
-Antes do que? Você não quer vir comigo? Você gostava tanto de mim.
-Não é isso, é que isso foi antes de você morrer.
-Ah, claro!
-Desculpe? - Falou Maria ao ver a tristeza daquela mulher.
-Por favor, deixe essa besteira de morte de lado, afinal eu estou aqui não estou? Esqueça isso e venha dar um abraço em sua vó, venha.
Maria correu para os braços de sua vó e abraçou-a como se nunca tivera abraçado. Alguns segundos se passaram até as duas desaparecerem.
Dois dias depois, Maria não havia voltado para casa. Laércio, pai de seu filho, foi a sua procura e lá estava ela, estendida em meio ao campo santo, sem xale, sem lembranças, sem suspiros.

Kátia Predebon
16M



fonte:www.ufopt.com

Na noite escura

Noite de vento e de frio. Hálito gelado da cerração que cai sobre casas e árvores. Maria enrola-se no xale negro e sai. Parada na porta, ainda segura o ferrolho. A noite escura sobre os pinheiros amedronta. No entanto, precisa ir, sabe que tem que ir.
Passa a chave na porta, espera que o filho durma tranqüilo até a sua volta. Que deseja ser breve. Respira fundo e desce os poucos degraus de madeira da escada. E, sem olhar para trás, para a segurança da casa, corre em direção à floresta.
Coração em pulos. Passos firmes, mãos a segurar o xale que fora da avó.Corre. Pés, por vezes, trôpegos no desconhecido do terreno mergulhado no escuro.Na curva do caminho, desvia os olhos para o lado. Teme as cruzes e os anjos imponentes do cemitério abandonado. Caminho obrigatório para chegar ao seu destino. Quer correr, todavia, algo a faz parar. Uma luminosidade estranha vinda dos lados do cemitério, e um uivo. Quase choro, de fera em sofrimento.
Coração descompassado. Volta os olhos para o Campo Santo e vê aquilo que jamais pensou ver em sua breve vida

Algo assustador voava nos céus. Ela não tinha certeza do que era aquilo. Embora tivesse visto programas de ufologia na televisão, não tomou decisões precipitadas.
O objeto pareceu pousar no solo. Ela olha ao seu redor e vai até a área onde pousou o objeto para averiguá-lo. Era redondo, cinzento, com uma espécie de cápsula em cima e algumas inscrições estranhas. Ela tenta esconder o nervosismo. Não consegue.
Algum tempo depois, após várias observações no suposto OVNI, uma fumaça esbranquiçada pareceu cobri-lo. Um ser estranho saiu dele.
A mulher acorda. Está em seu quarto. Vê a janela aberta e alguns pássaros cantam lá fora. A cortina balança e ouve-se um som tranqüilo no ar. Uma amiga entra pela porta com um café matinal um tanto quanto gostoso e colorido. Juliana explica a amiga que ela havia sido encontrada próxima ao cemitério, com roupas estranhas e uma marca no pescoço. Rapidamente alevanta-se e vai até o espelho. Não se lembra de nada. Apenas tem a idéia de já ter visto aquela marca em algum lugar.
No dia seguinte, já recuperada, ela vai até o cemitério para ver se acha algo suspeito. Nota apenas que aquele mesmo símbolo em seu pescoço estava também gravado em um túmulo. Ela estremece por dentro. A sua memória começa a voltar. Ela lembra-se de vozes, do ÓVNI, de ter sido obrigada a entrar na aeronave, de ter passado por cirurgias estranhas e caóticas.
Ela volta a caminhar. Sua mão treme. Ela vê flores esbranquiçadas e lembra-se do falecido pai. A noite vem e ela nem percebe.
De repente, um foco de luz bate em seu rosto. Era o mesmo objeto da outra noite. A mulher quer sair correndo em busca de ajuda, mas seus pés parecem não sair do lugar. Imagens estranhas passam por sua cabeça, ela lembra-se do campo de copos-de-leite brancos de seu pai, vê alguma espécie de futuro próximo, o planeta em destruição e guerras, pessoas morrem de sede, bombas nucleares explodem, os poderosos dominam, e finalmente... Um flash. Apenas isso. Uma simples luz de foto bate em seus olhos. A mulher nunca mais foi vista.

JOAO PEDRO S CASAGRANDE
16M




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NA NOITE ESCURA

Noite de vento e de frio. Hálito gelado da cerração que cai sobre casas e árvores. Maria enrola-se no xale negro e sai. Parada na porta, ainda segura o ferrolho. A noite escura sobre os pinheiros amedronta. No entanto, precisa ir, sabe que tem que ir.
Passa a chave na porta, espera que o filho durma tranqüilo até a sua volta. Que deseja ser breve. Respira fundo e desce os poucos degraus de madeira da escada. E, sem olhar para trás, para a segurança da casa, corre em direção à floresta.
Coração em pulos. Passos firmes, mãos a segurar o xale que fora da avó.
Corre. Pés, por vezes, trôpegos no desconhecido do terreno mergulhado no escuro.
Na curva do caminho, desvia os olhos para o lado. Teme as cruzes e os anjos imponentes do cemitério abandonado. Caminho obrigatório para chegar ao seu destino. Quer correr, toda via algo a faz parar. Uma luminosidade estranha vinda dos lados do cemitério, e um uivo. Quase choro, de fera em sofrimento.
Coração descompassado. Volta os olhos para o campo santo e vê aquilo que jamais pensou ver em sua breve vida.


Maria fica paralisada, não sabe o que fazer. O vento está cada vez mais forte, a lua cheia parece não parar de crescer.
Uma pessoa se transformando em bicho, uma pessoa que não podia identificar à tamanha distância.
A mulher fica tonta. Pensa no filho: “Está em casa, seguro, dormindo como um anjo”.
Resolve então, observar. Seu destino se perde.
A fera tornada chora, está sofrendo. Deita-se ao lado de um túmulo. Maria tomada por um ato súbito de coragem, segue em direção ao dito ser, para com ele conversar.
Ao chegar perto, ouve somente sussurros, os quais diziam: “É hoje, minha hora está chegando, meu destino se aproxima”.
Com receio, Maria pergunta o que há. Uma reação inesperada da fera, que logo ela iria descobrir o motivo, faz a mulher impressionar-se. O bicho lhe dá carinho e diz que vá embora. Que por ser aquela fera tornada em noite de lua cheia, teria de morrer. Ele acaba por contar sua história: “Essa é minha terceira transformação, não sei nem como aconteceu a primeira, que ao acontecer, tomado pelo medo, encontrei uma fera maior, a qual me disse que se aquilo se sucedesse por uma terceira, seria a última. Minha vida seria tirada assim que voltasse, inconscientemente, à minha forma humana. Disse também que se deixasse feras como eu viver após três transformações, elas se tornariam verdadeiras “máquinas mortíferas”, e o pior é que não descobri como controlar isso. Hoje é minha terceira transformação, o que significa o meu fim”.
Maria sem saber o que dizer, fica olhando-o. É aí que tudo começa. A fera começa a gritar. Parece sentir uma dor insuportável. De sua boca e olhos, sai sangue. O bicho se debate.
Morre.
O processo inverso começa acontecer, em humano está se tornando.
Quando em humano se torna, Maria entra em desespero. Naquele momento, prefere morrer também. Era seu filho. Seu filho morrera. Ao pegar suas mãos, a mãe encontra um pingente com sua foto. Chora. Agarra-se ao filho e deita...
De repente...
Maria dá um pulo. Olha ao seu redor, está em casa, sentada na cama. Respira aliviada. Foi apenas um pesadelo.
Apenas?!
Sente algo em sua mão. Olha e fica assustada. Segura o pingente com sua foto que tirou das mãos da fera.
Corre para o quarto. Olha. Seu filho está dormindo. Uma criança que se parece com um anjo.
Deita com o filho e pensa: “Será isso um aviso, uma profecia?”.
Mas com uma calma antes inexistente e agora inesperada, abraça a criança, ainda com o pingente na mão, dorme...!
Patrícia 16M

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Na noite escura
Noite de vento e de frio. Hálito gelado da cerração que cai sobre casas e árvores. Maria enrola-se no xale negro e sai. Parada na porta, ainda segura o ferrolho. A noite escura sobre os pinheiros amedronta. No entanto, precisa ir, sabe que tem que ir.
Passa a chave na porta, espera que o filho durma tranqüilo até a sua volta. Que deseja ser breve. Respira fundo e desce os poucos degraus de madeira da escada. E, sem olhar para trás, para a segurança da casa, corre em direção à floresta.
Coração em pulos. Passos firmes, mãos a segurar o xale que fora da avó.Corre. Pés, por vezes, trôpegos no desconhecido do terreno mergulhado no escuro.Na curva do caminho, desvia os olhos para o lado. Teme as cruzes e os anjos imponentes do cemitério abandonado. Caminho obrigatório para chegar ao seu destino. Quer correr, todavia, algo a faz parar. Uma luminosidade estranha vinda dos lados do cemitério, e um uivo. Quase choro, de fera em sofrimento.
Coração descompassado. Volta os olhos para o Campo Santo e vê aquilo que jamais pensou ver em sua breve vida

Maria vê um homem, todo estranho, acompanhado de uma criança de colo. Maria logo lembra, de sua mãe já falecida, que contava a ela, que Maria era adotada, e olhando aquele homem e aquela criança ela logo lembrou.
Então Maria se aproximou deles, viu que estavam em um estado precário. Logo Maria pediu o que havia acontecido. O homem fez uns sinais. Então Maria viu que o homem era mudo. Ela pensou como eu vou me comunicar com ele? Enquanto isso a criança só chorava, e ela desesperada, pensando como estaria seu filho que ela deixou em casa. Maria imaginou que eles estavam abandonados.
Quando chega um menino de uns sete anos, e falou a Maria:
- Oi moça, por favor deixa a gente ficar aqui, não temos o que comer, nem onde morar.
Maria falou ao menino:
- Não, não se preocupe eu não vou fazer nada a vocês, é que eu achei estranho este homem, com esta criança. Eu não quero fazer mal a vocês. Se puder eu quero ajudar.
Mas ao mesmo tempo, Maria lembrou que não tinha condições nenhuma de ajudar eles, pois estava fugindo de casa, e deixando seu filho abandonado, porque não tinha condições de se sustentar. Então como ela ia ajudar eles. Então Maria pediu ao menino, porque eles não tinham onde morar. O menino responde:
- Toda nossa família nos abandonou, morreram em um acidente, a poucos meses. E este homem é meu avó, ele levou um choque muito grande então ele não falou mais. E esta criança é minha irmãzinha. E nós três perdemos tudo, então temos que morar na rua
Maria ficou desapontada com o que viu, não ficou com coragem de falar ao menino que estaria abandonando seu filho por alguns tempos, pois não tinha como se sustentar. Mas pensando em seu filho, Maria deu o endereço de onde morava, para eles irem para lá, ela falou ao menino que, ela iria embora da cidade, pois não tinha condições de criar seu filho, mas que se eles fossem lá, não havia comida, mas a vizinhança era boa e eles conseguiriam viver lá.
Então o menino explicou para o seu avó e eles foram até lá. E enquanto isso Maria fugia. Chegando lá eles ouviram um choro, seguiram o choro, e encontraram um bebê. O menino mais que depressa pensou, pronto agora vamos ter que cuidar de mais uma criança.
No dia seguinte, a vizinhança toda se perguntava, que eram aqueles três, onde estava Maria...
Até que então uma vizinha tomou coragem e resolveu ir lá. Pediu tudo, onde estava Maria, o que eles estavam fazendo lá. Mas o menino não deu muitos detalhes.
Passou uns dias e eles sumiram de lá. E a vizinhança toda curiosa para saber realmente o que estava acontecendo.
Anos depois em uma noite, Maria voltou com mais dinheiro e comida para a sobrevivência deles. Maria toda ansiosa, pensando como o seu filho estaria, como aquelas três pessoas estariam. Mas para sua surpresa não havia ninguém na casa. Mas ela esperou o amanhecer para falar com os vizinhos.
No dia seguinte Maria perguntou o que havia acontecido naquela noite, como estava aquela família, e principalmente como estava seu filho. A vizinhança mias que depressa xingou Maria, falou que fugir e deixar seu filho com estranhos não era aconselhável que ela não podia fazer isso. Então os vizinhos falaram que eles ficaram três dias e depois sumiram.
Maria voltou para casa, muito angustiada, pensando que ela não devia ter feito aquilo, mas era o único jeito de conseguir comida.
Maria se trancou na casa, não se ouvia barulho algum, três dias depois numa noite que amedrontava, os vizinhos resolveram arrobar a porta da casa para ver o que havia acontecido. Quando a porta abriu, encontraram o corpo de Maria no chão, com muitos remédios por perto. Maria havia se matado.
Ao lado dela tinha um papel escrito, que ela não iria ser feliz daquele jeito, e que tinha feito a pior coisa do mundo...

LIANE DIAS DE OLIVEIRA 16M

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